DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Luta, resistência e ancestralidade
Estudantes de jornalismo produzem vídeo em homenagem a data
Neste domingo,20, é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra, data escolhida em homenagem ao falecimento de Zumbí, líder do Quilombo dos Palmares, personagem histórico na luta pela liberdade e cultura negra no Brasil.
Em comemoração ao dia, estudantes de jornalismo produziram um vídeo sobre padrões da mulher negra que já conta com mais de cinco mil visualizações na rede social Facebook.
Raiane Tomaz, idealizadora do projeto, conta que a ideia surgiu enquanto ouvia música da cantora Beyoncé que abordava sobre padrões femininos.
“A ideia surgiu enquanto eu ouvia uma música da Beyoncé, ‘Pretty Hurts’, que trata os padrões que a mídia impõe, e o quanto somos consumidos pela necessidade estarmos inseridos neles. Após analisa-la percebi que me via escrava de um modelo que havia sido criada quando ninguém me disse quem criou, ou quem citou ser certo ou errado! Quando na verdade eu deveria optar pelo que me fazia bem e feliz”, explica a estudante.
O vídeo de um pouco mais de dois minutos, mostra quatro jovens negras, inclusive Raiane, questionando padrões estéticos e a pouca representatividade da mulher negra na mídia. Confira o vídeo:
“Eu queria achar uma maneira de impactar as pessoas e a forma que eu encontrei foi criar um vídeo em que mulheres negras, assim como eu pudessem partilhar suas vivências é que representassem bem a não padronização de qualquer ditadura de beleza imposta por alguém”, frisa a universitária.
No projeto, a estudante contou com a ajuda de amigos, em sua maioria da faculdade, para a produção do manifesto. “ Enquanto eu engatinhava com essa ideia encontrei amigos que abraçaram a causa e toparam participar disso e expor no dia consciência negra. Entre eles Meiky Braga, Arthur Araújo, Oris Moraes e Marcos Caldas.
A jovem finaliza com um recado para as mulheres neste dia tão importante para toda a comunidade negra do país. “Todas nós mulheres negras, temos o nosso poder e valor, como qualquer outra e que mesmo que a sociedade imprima uma ideia de beleza frágil, elas não se aplicam a isso. Somos únicas e isso que nos torna belas. ”
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