Música

“Dobrando a carioca” encerra III SJR Jazz e Blues Festival

O show apresentou ao público ribamarense um encontro histórico dos mestres Zé Renato, Jards Macalé, Guinga e Moacyr Luz

Encerrando as apresentações da terceira noite de apresentações do III São José de Ribamar Jazz e Blues Festival, o quarteto “Dobrando a Carioca”, formado por Zé Renato, Jards Macalé, Guinga e Moacyr Luz, nomes históricos do samba e da musicalidade do Rio de Janeiro emocionou o público com um repertório que passeou pelas carreiras individuais dos integrantes e pela própria história do samba.
O encontro no palco dos quatro mestres trouxe muito mais que as quatro trajetórias. No espetáculo, houve a reunião de quatro olhares sobre a música brasileira. Quatro vozes, quatro violões, quatro repertórios costurando o passado e os presentes do samba.
Muitos compositores históricos foram lembrados durante o show. A abertura fica por conta de “um a zero”, do mestre Pixinguinha. Na sequência foram lembrados um a um, outros baluartes do samba. Padeirinho em “Favela”, Zé Ketti em “Nega Dina”, Jackson do Pandeiro em “Como tem Zé na Paraíba” e Moreira da Silva com “Acertei no milhar”.
Prestando homenagens ao samba ainda foram tocadas as canções-tributo de Moacyr Luz e Aldir Blanc: “Cachaça, árvore e bandeira”, para Carlos Cachaça, e “Anjo da Velha Guarda”, para os mestres das escolas de samba.
Revisitando a carreira dos quatro, Guinga apresenta seus sambas com Aldir Blanc (“Catavento e Girassol” e “Chá de Panela”, em homenagem a Hermeto Paschoal. Moacyr Luz cantou o amor ao Rio de Janeiro em “Cidade lagoa”, Jards Macalé cantou seu inesquecível “Vapor barato”, e Zé Renato em “Mascarada”.
Além da maravilhosa experiência musical em si, o espetáculo valeu pelas histórias e pela cumplicidade dos quatro com a plateia. Macalé fez solo de trombone com a boca e tocou até penico. Zé Renato é o percussionista principal, e intitulado por Guinga “o melhor pandeirista do Leblon”. Moacyr é o centro de gravidade, talvez o que melhor consiga transitar entre os universos de todos, lembrando as rodas do samba do trabalhador”.
No bis, mais uma vez a leveza melódica de Pixinguinha.
Um show inesquecível!
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