INAUGURAÇÃO

Sala Cecílio Sá terá apresentação gratuita do espetáculo ‘A Escrita do Deus’

Nesta quarta-feira, dia 19, será reinaugurada a sala, fundada em 1978, que se destina à divulgação das produções de artistas locais

São Luís ganhará, a partir desta quarta-feira, dia 19, um espaço destinado ao incentivo das produções artísticas locais. A Sala Cecílio Sá, situada no casarão colonial na rua Jansen Muller, nº 42, no Centro Histórico, onde funciona a sede do Laborarte, tem como objetivo principal promover os talentos em diferentes linguagens artísticas. A estreia da Sala Cecílio Sá, nesta quarta-feira, dia 19, às 19h, será marcada pela apresentação do espetáculo “A Escrita do Deus”, texto de Jorge Luís Borges dirigido e encenado por Urias de Oliveira. Na quinta-feira, dia 20, às 19h, terá início o projeto Palco 42, que apresenta cantores de diferentes gerações da música local.
“A Escrita do Deus” é um monólogo adaptado da crônica de mesmo nome do romancista argentino Jorge Luís Borges. Atualmente produzido pela Cia. Tapete, Criações Cênicas, “A Escrita do Deus” foi apresentado pela primeira vez em 1998 pela Santa Ignorância Cia de Arte, no teatro Arthur Azevedo.
A narrativa conta os sentimentos e percepções de um sacerdote asteca preso por colonizadores espanhóis que, na prisão, se dedica a decifrar um desenho na pele de um tigre que ele acredita ser a mensagem do conhecimento supremo deixada para que somente um ser de iluminado decodificasse. “A Escrita do Deus” já recebeu prêmios nacionais em eventos como o Festival Nacional de Monólogos Wolf Maia (melhor Ator, melhor Maquiagem, melhor Texto, melhor Direção e melhor Monólogo), o VIII Concurso de Monólogos Ana Maria Rego (melhor Espetáculo Júri Popular, melhor Ator e melhor Maquiagem).
Após a noite de reabertura da Sala Cecílio Sá, o Laborarte inicia, na quinta-feira (20), o projeto de Palco 42 com shows dos cantores Tiago Máci e Josias Sobrinho. O projeto ocorrerá a cada 15 dias, sempre às quintas-feiras, e objetiva promover um encontro entre gerações do cenário da música local. Os shows são divididos em duas categorias: sons da ilha, com nomes da atualidade, e laborartianos, com cantores que agitaram a cena cultural de São Luís.
Tiago Máci desponta como um dos principais nomes do cenário musical atual por ser cantor e compositor de múltiplas habilidades. Tiago Máci começou sua carreira musical aos 15 anos, influenciado pelo rock, pela MPB de Sérgio Sampaio e Zeca Baleiro e o samba de compositores Cartola, Noel Rosa, Cézar Teixeira e Antônio Vieira. No repertório, Tiago Máci explora sambas cadenciados, funks dançantes, blues, reggae e rock psicodélico, tudo sempre regado a criatividade, romantismo, humor e beleza. Recentemente, o cantor lançou o primeiro EP, intitulado “Mete o Amor Forte”, com seis faixas que versam sobre desejo, conflitos, abordando a descaracterização do amor romântico.
Já o cantor Josias Sobrinho tem longa trajetória no cenário musical ludovicense. Josias iniciou a carreira em 1972, quando representou o Maranhão no Festival de Música Popular, em Belo Horizonte (MG). Conhecido por cantar as singularidades da cultura local. Dentre as principais composições, “Engenho de Flores”, “Catirina” e “Dente de Ouro”, escritas em parceria com Papete e imortalizadas no cancioneiro popular maranhense. Leci Brandão, Rita Benneditto, Ceumar, Alcione e Flávia Bittencourt são dos artistas que interpretaram canções de Josias Sobrinho.
A Sala Cecílio Sá
A sala de espetáculos foi fundada em 1978 e funcionou até 1998, quando foi fechada para reforma na estrutura física e substituição de equipamentos. O espaço homenageia Cecílio Sá, autor que se dedicou ao teatro popular maranhense por mais de 70 anos. Cecílio Sá, ainda em vida, foi agraciado com a medalha do Mérito Timbira em reconhecimento à contribuição com a cultura do Estado do Maranhão.
Sendo reativada este ano, a proposta é que a sala Cecílio Sá sirva como local de ensaios e apresentações de grupos artísticos, contribuindo para a divulgação das produções culturais surgidas em São Luís.
“É uma grande satisfação reinaugurar a Sala Cecílio Sá e poder abrir este espaço para que os coletivos artísticos da cidade que não têm onde ensaiar e se apresentar possam mostrar as produções no teatro, na dança e na música, por exemplo, ao público”, contra Rosa Reis, coordenadora-geral do Laborarte. A reforma e adaptação do espaço foi realizada com o apoio do programa Agir Criativo, da Fundação Vale com apoio da Funarte, por meio do prêmio Funarte de Programação Continuada em Música Popular.
Mês de aniversário
Desde o último dia 11, o Laborarte realiza a comemoração dos 44 anos de fundação da companhia artística com vasta programação cultural gratuita. Durante a semana, na sede do Laborarte, são realizadas oficinas de tambor de crioula, cacuriá, percussão e capoeira. Além do projeto Palco 42, ainda no mês de outubro, haverá apresentações o tambor de Crioula do Laborarte, no sábado (22), às 19, na praça do Letrado, no Vinhais. No dia 30, será realizada a apresentação do tradicional Cacuriá de Dona Teté, às 19h, na praça Nossa Senhora de Nazaré, no Cohatrac.
SERVIÇO
O quê? Abertura da Sala Cecílio Sá com espetáculo teatral
Quando? Quarta-feira (19), às 19h
Onde? Sede do Laborarte, rua Jansen Muller, nº 42, Centro de São Luís. Próximo à REFFSA
Quanto? Entrada gratuita
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