Fortalecidos pelo reconhecimento nos palcos (dos quais praticamente nunca saíram), O Rappa entrou para o seleto grupo de bandas que transcenderam seus 20 anos de estrada. O grupo apresenta-se nesta sexta-feira (07), no estacionamento do São Luís Shopping, com show de abertura da Orquestra Invisível, Raiz Tribal e Kadu Ribeiro, a partir das 19h.
Com mais de 3 milhões de discos vendidos em sua carreira, O Rappa, formado por Marcelo Falcão, Lauro Farias, Marcelo Lobato e Xandão, hoje é uma banda que representa o grito das ruas, as emoções do cotidiano difícil, o apreço pela vida digna.
São 10 álbuns lançados, muitos prêmios conseguidos (são recorde de prêmios em videoclipes até hoje) e diversos discos de ouro, platina e diamante, além de muita história para contar.
Agora, os quatro integrantes se apresentam numa lindíssima estrutura mostrando todo o brilho que foi a gravação do DVD na Oficina Brennand, em Recife.
O repertório traz 17 músicas, incluindo 4 inéditas e clássicos dos álbuns “Nunca Tem Fim” e “Sete Vezes”, sem deixar de fora hits da carreira do grupo. Vale lembrar que a histórica oficina abriga as criações do escultor e artista plástico Francisco Brennand, de 89 anos, que esteve presente nas gravações e deu sua “benção” ao novo projeto d’O Rappa, ou seja, o sucesso é garantido.
A banda usa instrumentos diferentes nos arranjos, como uma guitarra de 12 cordas, clavinete, piano elétrico, escaleta e os steel drums (tambores de aço), muito usados na música caribenha. “Uma coisa mais crua, mas sem perder a identidade do nosso som”, afirma o guitarrista Xandão.
Para essa turnê, a banda investe no formato do DVD, mas sem perder sua pegada, motivo pelo qual uma verdadeira “Horda” de fãs cruza o país com suas letras na ponta da língua. “É um acústico diferente, pra cima.” Finaliza Falcão.
Por sua coerência musical e postura engajada, O Rappa permanece sendo uma das mais influentes e respeitadas bandas da música brasileira contemporânea. Seus integrantes têm lutado contra a desigualdade social, atuando em diversas frentes, seja no financiamento de projetos que estimulem a inclusão de jovens colocados à margem da sociedade ou no recrutamento de atores de comunidades carentes para participar de seus clipes.