Confira os álbuns citados pelos leitores que marcaram 2016

O ano de 2016 foi marcado por muitos lançamentos que movimentaram a era digital da comercialização de singles e álbuns revolucionando o mercado. Ícones pop e do R&B como Rihanna, Beyoncé, as brasileiras Céu, Gal Costa, entre outros artistas, surpreenderam com seus álbuns neste ano. Não raro, pessoas aguardam ansiosamente pelo lançamento de um ou outro artista, e, em se tratando de nomes internacionais, isso se dá em maiores proporções do que com os artistas nacionais. Basta ver que a cantora Rihanna foi uma das artistas mais comentadas no mundo durante o primeiro semestre, após lançar seu oitavo álbum de estúdio, ANTi, trabalho que conta com o hit Work, em parceria com o rapper Drake, e uma versão da banda psicodélica Tame Impala.

Já que o assunto é música e lançamentos, e faltando pouco para o fim de 2016, quais os álbuns mais interessantes que foram lançados, e por que eles foram escolhidos? Conversarmos com pessoas em geral, formadores de opinião, produtores, jornalistas, para saber quais foram os discos mais legais de 2016. A diversidade foi grande. Do sertanejo (leia-se sofrência) aos discos de metal, nossos leitores destacaram o que mais gostaram de ouvir neste ano.

Em uma lista bem eclética, a produtora cultural e secretária executiva Márcia Carvalho apontou alguns trabalhos em que participou ativamente, e outros da sua playlist de plataformas digitais. Em se tratando de música local, ela destacou Faz escuro, mas eu canto, do cantor Paulão; Enquanto a Chuva Passa (Cecília Leite), Banda Soulvenir, Banda Royal Dogs. Na esfera nacional, “infelizmente álbuns de qualidade foram poucos que ouvi, mas ainda escutei uns que fogem à regra de músicas que grudam na mente, como Bagaça (Bruno Batista), Saboroso (Raça), Queda Livre (Jonathan Tadeu)”. Dos internacionais ela citou: Ghostlights (Avantasia), Views (Drake), Joanne (Lady Gaga), This Is Acting (Sia), Light Upon The Lake (Whitney), ANTi (Rihanna), Lemonade (Beyoncé).

A jornalista Andrea Oliveira precisou abrir um preâmbulo para dois álbuns lançados em 2015, mas que chegaram aos seus ouvidos apenas em 2016:“o da Elza Soares e o da Gal. Depois de ver a lista dos cinco, percebi que escolhi somente vozes femininas. É isso, 2016 é feminino, mesmo que uns não queiram!”, afirmou citando A mulher do fim do mundo (Elza Soares), Estratosférica (Gal Costa), MM3 (Metá Metá),Amor Geral (Fernanda Abreu) e Tropix (Céu). “Depois de ver o clipe de Perfume Invisível que alguém postou, eu fui ouvir o álbum todo. Era o novo da Céu, Tropix, vivo, vibrante e cheio de canções de amor. Gostei na primeira audição e isso nem sempre acontece. Porque tem a ginga da voz dela e tem mistura do popular com o eletrônico. E de quebra ainda tem Lirinha na parceria em Sangria”, comenta.

A também jornalista e DJ Ana Oliveira disse que “apesar de vivermos na era dos singles, ainda vale a pena parar e apreciar bons discos. O novo álbum da cantora Lady Gaga, que foi lançado este mês está simplesmente sensacional, de excelente qualidade tanto instrumental quanto vocal. É um disco que vale a pena ouvir. A cantora traz músicas em um clima totalmente diferente do pop comercial que estamos acostumados, o disco tem uma pegada mais acústica, rock e country, o estilo das músicas permite que ela mostre o potencial do seu vocal. Tem músicas de sofrência, balada rock e baladinha que dá pra dançar na pista”, recomenda. A DJ cita ainda This Is Acting, da cantora australiana, Sia; Tropix, de Céu; Lemonade (Beyoncé) e Maiara e Maraisa. “Estamos numa fase em que as mulheres estão dominando bastante as paradas musicais sertanejas – nem sou muito fã do gênero – mas o CD da dupla Maiara e Maraisa vale a pena. Tem boas canções, que contagiam para o bem ou para o mal dependendo do estado emocional de quem ouve. Se for para ouvir um bom sertanejo, o álbum delas é uma boa escolha”, opina.

Para o advogado e jornalista Maurício Alencar, O Rappa (Acústico Oficina Francisco Brennand), Cícero (A Praia), Lenine (Carbono), Charles Bradley (Changes), Radiohead (A Moon Shaped Pool) e Davis Bowie (Blackstar) foram os melhores de 2016. “Costumo ouvir muito os clássicos e estou sempre procurando alguma coisa nova. Listas sempre são cruéis, porque nunca são justas. Alguns discos me surpreenderam pelo bom gosto e pelo cuidado nos arranjos (a exemplo Lenine e Charles Bradley), outros pela experimentação (caso do Radiohead), e os outros são porque são bons e pronto…”, atesta.

“Este ano foi fantástico em termos de lançamentos das minhas bandas favoritas, incrível como quase todas apostaram em inovações em seus trabalhos. Os holandeses do Epica e do Delain deram um passo a mais no amadurecimento da música que fazem. O Epica cada vez mais pesado e complexo, tanto na execução quanto nos temas. Já o Delain lançou um álbum mais maduro e animado, a despeito da temática sombria de suas letras. Sabaton trouxe um álbum pontual, sem grandes novidades, mas seu “war metal” está certeiro como sempre. 2016 está sendo um ótimo ano para as bandas de metal, pelo menos para as grandes”, comenta a empresária Marina Alves, citando Delain (Moonbathers), Epica (The Holographic Principle), Sabaton (The Last Stand), Lacuna Coil (Delirium), Opeph (Sourceress).

As listas

Hudson Braz, Assessor fiscal

MIA – AIM

Mahmundi (homônimo)

Wado – Ivete

Deftones – Gore

Braza (homônimo)

Lucas Sá, cineasta

Moth- Chairlift

Tan – Lafawndah

This Is Acting – Sia

The Life Of Pablo – Kanye West