OI FUTURO

Festival Multiplicidade contempla o futuro com diversas exposições

O evento oferece uma trajetória do ERRO através do pensamento, do som, da imagem, do inusitado e da (re)invenção do futuro

Rio de janeiro – O Festival Multiplicidade do Oi Futuro Flamengo deu continuidade a seu trabalho inspirado na arte contemporânea, prestigiando artistas e público com exposições de cunho futurista.
Com a curadoria de Batman Zavareze, o Oi Futuro Flamengo deu espaço a inquietações poéticas, investigações tecnológicas e linguagens híbridas sob a temática do ERRO. O evento oferece experiências únicas com encontros que aproximam tecnologia e artes visuais.
O Festival Multiplicidade leva o público ao de 2025. Os artistas que partem de uma dificuldade, de situações inesperadas e que encaram o risco e o limite extremo para investigarem alternativas são os alvos do Multiplicidade. O evento oferece uma trajetória do ERRO através do pensamento, do som, da imagem, do inusitado e da (re)invenção do futuro.
Uma das inspirações de Batman Zavareze para o tema ERRO vem das lembranças da performance inacabada de Naná Vasconcelos, falecido em março de 2016, quando ele buscou uma solução poético-criativa para uma situação de eminente colapso. Naná viveu no palco do Festival Multiplicidade em 2009, o maior apagão elétrico que o Brasil já sofreu, ironicamente durante a apresentação do seu espetáculo Blind Date (encontro às cegas). Ele usou seus instrumentos tribais percussivos – chocalhos, tambores, berimbaus, voz e pés – para continuar a performance e transportar o público para uma outra dimensão. Estes momentos inesperados criam novos significados e ampliam as compreensões sobre os poderes da arte de TRANSVER O MUNDO.
“O Multiplicidade foi criado para o Oi Futuro, um festival que nasceu com nossa instituição e que é afinado com nossa visão de promover o encontro entre linguagens e de potencializar diferentes conexões nessa era digital. Desta vez, desafiamos a curadoria do Multiplicidade a ocupar galerias do centro cultural em formato de exposição, além das tradicionais apresentações no teatro. O resultado é uma experiência surpreendente, que une cultura pop, tecnologia e inovação, em doses surpreendentes”, diz Roberto Guimarães, gestor de Cultura do Oi Futuro.

Um dos destaques do evento é o artista Hermeto Pascoal, com sua primeira instalação audiovisual. Para a obra “Acerto”, inédita, Hermeto gravou com diversos instrumentos, desde berrantes, até latas de lixo. A exposição é uma viagem sensorial da arte com os elementos técnicos, em sua simetria audiovisual em quatro momentos do músico em diferentes performances instrumentais, apresentadas simultaneamente. O artista queria fazer algo diferente e buscando inspiração na própria arte resolveu virar uma peça audiovisual. O resultado foi uma experiência inovadora da construção da identidade de um novo trabalho recheado no limite da intuição com elementos acústicos ousados.

Outra novidade é a obra “Chão de telhas”, exposta na galeria 1, foi criada por três gerações da família Parente. Júlio e André recriam o trabalho “Série Casa” (1975), de Letícia Parente, com a tecnologia atual, resultando em uma instalação audiovisual que contem aspectos relacionados aos trabalhos dos três artistas. No ambiente, o público experimenta uma sinestesia em meio a arte exposta no chão com o som projetados em conjunto.

Em exposição na galeria 2, outro destaque é o francês Joanie Lemercier, com a obra “Eyjafjallajokull”, uma instalação que remete ao vulcão islandês que dá o nome ao seu trabalho. As erupções ocorridas em 2010 na geleira Eyjafjallajökull na Islândia levou o artista a simular em sua obra a atividade sísmica. Ele desenhou o vulcão e usou projetor de bolso e desenvolveu uma maquete. Na apresentação, a projeção da tela tem por trás da primeira camada a evolução da atividade vulcânica estimulada por sons que integram a apresentação até o desenvolvimento completo do fenômeno.

O “Jardim do Joaquim” de Tomás Ribas, na galeria 3, usou elementos com lâmpadas de fumaça que permite uma experiência única que desperta os sentidos e instiga a investigação. A cortina de fumaça passa a impressão de solidez. Contudo ao estabelecer contato, a fumaça é estimulada pela presença dos visitantes.
Nomes como Matheus Leston e Giuliano Obici também ocupam o Oi Futuro Flamengo com suas instalações. O Festival Multiplicidade ainda promove debates, palestras e performances musicais.
O evento conta com o patrocínio da Oi através da Lei Rouanet e da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e fica em cartaz no Oi Futuro Flamengo até o dia 11 de setembro. A entrada é gratuita.
Multiplicidade no Canal Brasil
Uma das novidades da temporada é a série Multiplicidade, que estreou dia 07, no Canal Brasil. No programa, o festival revisita seu acervo e conversa com figuras emblemáticas da vida digital em uma atração sobre música, arte e tecnologia.
A série realiza uma versão televisiva do Multiplicidade com depoimentos, encontros e vivências marcadas pelas novas ferramentas do futuro, bem como ampliando a reflexão sobre certos temas do universo digital.
Com 10 episódios, de 15 minutos cada, destacam-se temas como “Tudo é Tela”, “Novos Olhares”, “Tecnologia e Periferia”, “Linguagens Híbridas”, “O Futuro das Tecnologias”, “Detox Digital”, entre outros.
Museu das Telecomunicações

Inaugurado em 2007, o Museu das Telecomunicações Oi Futuro é uma das paradas obrigatórias para quem vai ao Rio. De forma envolvente, o espaço usa tecnologia e interatividade para contar a história da comunicação humana, por meio de tablets e painéis sensíveis ao toque e ativados por gestos.

O espaço é pioneiro no país no uso da tecnologia de ponta integrada à museologia, organizado como um “hipermuseu”, em que o visitante pode levar de seis minutos a seis horas para explorar todo o conteúdo da exposição. A ideia é integrar os objetos do acervo, como telefones, aparelhos de telex, cabines telefônicas, vídeos, fotografias, textos e programas interativos, permitindo aos visitantes navegar por uma infinidade de janelas de conteúdos diversos.
A Evolução dos Celulares, Linha do Tempo Digital, Máquina do Tempo, Sala dos Profetas, Coleção de Telefonia Pública são só algumas das atrações que visitante pode conferir.
A Máquina do Tempo é uma cabine em que o visitante é fotografado em um cenário virtual, escolhido entre imagens do Rio antigo que fazem parte do acervo do museu. Em seguida, a foto pode ser enviada para redes sociais e emails, e o espectador pode levar uma lembrança de sua visita. Outra curiosa atração é a linha do tempo digital que funciona por meio de um monitor ativado por gestos, o visitante pode selecionar uma época e aprender sobre cada etapa da história das telecomunicações ou sobre os fatos que marcaram determinado ano, acompanhando a evolução da comunicação à distância desde a adoção dos sinais de fumaça até a criação dos smartphones. Outra atração de destaque é a Sala dos Profetas, onde o visitante tem um encontro virtual com personalidades que tiveram uma visão futurista da humanidade em diferentes momentos da história. Por meio de uma projeção com efeito 3D, o público tem a impressão de sentar cara a cara com Leonardo da Vinci, Platão, Goethe, Oscar Niemeyer e outros pensadores homenageados.
O museu fica no Oi Futuro no Flamengo e recebe cerca de 120 mil visitantes por ano.
A galeria fica aberta de terça a domingo, das 11h às 17h.
Visitas mediadas para grupos: Terça a sexta, 10h, 13h e 15h, sábado, 11h
Museu e Galerias: Agendamento prévio pelo email programaeducativo.oifuturo@gmail.com
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