PERFIL

Al Danúzio: Em ascensão

O ator maranhense começou a carreira aos nove anos em São Luís, participando de espetáculos da escola

O ator Al Danúzio começou a carreira aos nove anos em São Luís, participando de espetáculos da escola. O gosto pela prática foi crescendo e abrindo um leque de oportunidades e novos desafios no caminho do jovem maranhense, que em pouco tempo já tinha o registro profissional nas mãos e com dedicação foi conquistando palcos e prêmios fora do Brasil. “Como gostei muito das aulas de teatro, passei a levar a sério desde cedo, e aos 18 anos já tinha meu registro profissional de ator. Aos 19 me mudei para os Estados Unidos, onde morei os últimos oito anos e meio. Lá aprendi inglês, espanhol, trabalhei em vários outros ramos para garantir os estudos, ganhei prêmios internacionais, atuei em novelas, filmes, peças e me tornei bacharel em Atuação para Cinema, pela New York Film Academy, em janeiro de 2016”, acrescenta. 
Com 17 anos de carreira e após morar em Miami, Los Angeles, Nova Iorque, e até em Figueira da Foz-Portugal, “o bom filho à casa torna”, como diz o ditado. Al Danúzio está de volta a São Luís e já está colocando em prática novos projetos. “Aos 27 anos decidi parar de tá rodando tanto por esse mundo e voltar para a ilha, onde moram as pessoas que mais amo e onde está realmente o meu mundo”.
Motivação para atuar
Eu sempre fui tímido, por isso, meus pais decidiram me matricular nas aulas de teatro da escola. No dia em que subi ao palco pela primeira vez, eu tive a certeza de que eu nunca gostaria de parar com atuação. Na minha família, eu sou o único ator, mas fui fortemente influenciado pelo meu pai, que escreve poesias, pinta quadros e sempre foi muito artista no seu dia a dia. Alguns atores me inspiraram no meu caminho, mas o que sempre me motivou mesmo foi perceber como a ficção pode transformar a realidade das pessoas.
Tempo de carreira
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Grande parte da minha carreira foi focada no teatro onde destaco no tempo em que morava em São Luís as peças: O Marid; Os Saltimbancos; A Dama e o Vagabundo; O Peregrino de Assis e A Verdadeira Comédia da Vida Privada. Nos Estados Unidos sempre cito as peças: Labirinto Sin Salida; As Criadas; Don Quijote – The man Of La Mancha; os Três Mosqueteiros e o monólogo La Vida. Foram experiências que me marcaram pela diversidade cultural dos grupos que trabalhei. Na televisão, atuei em três novelas: La Casa de Al Lado, El Rostro de La Venganza y Corazon Valiente, todas pela NBC-Telemundo. Porém, foi no cinema onde realmente me encontrei. Nos últimos anos, estive em vários filmes e participei de vários festivais. Destaco o piloto para a série La Cabeza Del Raton, e os curta-metragens How to Kill my Boyfriend, Broders e Red Souls (que acaba de ser selecionado para o festival de cinema Brasileiro de Los Angeles 2016).

Estados Unidos
Ir pros Estados Unidos me fez mudar muito, principalmente na minha vida profissional. A maneira como o ator é tratado, as técnicas, a disciplina nata do americano, e principalmente o respeito pelo trabalho do ator. A vivência nos Estados Unidos me fez ver que o ator é um profissional vital para a indústria do entretenimento, o ator é um produto. Um produto de um mercado que mesmo em tempos de crise, dá lucro. Nessa indústria, a matéria-prima é os sonhos. Desde que entendi a minha função nessa indústria, tem sido muito mais fácil trabalhar dentro e fora do Brasil.
Reconhecimento e aprendizados
O reconhecimento sempre é bom, mas não deve nunca ser o objetivo. Na minha carreira sempre tive mais indicações do que realmente prêmios e aprendi mais com os que não ganhei. Esse ano ganhei três prêmios. O primeiro com a série La Cabeza del Ratón (melhor Ator Coadjuvante no LAIFFA-Los Angeles Independent Film Festival Awards/março-16). Já os outros dois foram ainda mais especiais! É o prêmio mais importante que um brasileiro pode ganhar nos Estados Unidos. Nesses 19 anos do prêmio a única maranhense a ser contemplada foi apenas a cantora Alcione. Na mesma cerimônia, também receberam o Brazillian Press Awards, o Marcio Garcia, o Guilherme Arantes e a Nicette Bruno! Foi uma noite maravilhosa e uma honra estar no meio de profissionais que eu admiro! Agora o foco é seguir trabalhando.
Planos e projetos
Agora que voltei pra ficar um bom tempo na ilha, estou dirigindo a peça O Auto Da Compadecida, produzida pela companhia Mambembe e com um ano de turnê agendada pelo Brasil. Em sua composição utilizei elementos visuais dos mangás japoneses e das revistas em quadrinhos, misturados com a tradicional xilogravura nordestina. Também inclui no espetáculo canções de rap, misturando linguagens tradicionais e modernas. Estou gostando muito dessa fusão artística. No cinema, estou em fase de pré-produção com o curta-metragem Aquarela que foi selecionado pelo II Edital de Cinema do Maranhão. Também está em finalização o longa-metragem In Transit, filmado no ano passado em Los Angeles. Em fase de pós-produção O Toque Da Aurora, filme que assino o roteiro, a produção e atuo com a atriz Thaila Ayala também em Los Angeles.
Atual fase
Para correr, é preciso de oxigênio. Nos últimos anos, corri muito nos Estados Unidos. Agora, estou respirando um pouco. Precisava desse ar da minha terra pra poder voltar a correr na minha carreira, com mais fôlego ainda.
Trabalho x vida pessoal
Atualmente, divido bem os dois. Quando estou em casa, sou o filho, o irmão, o tio e o namorado. O profissional fica do lado de fora do ambiente familiar.
O que aprendeu de mais valioso até aqui?
Que todo mundo pode te ensinar, mesmo que não saiba.
Existe receita para o sucesso?
As horas de trabalho.
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