Foi com o clipe Single Ladies, de Beyoncé, que o stiletto dance ganhou força mundial e se transformou em uma verdadeira febre. Assim como Beyoncé, outras divas do pop acrescentaram em suas apresentações a modalidade, como Anitta, Lady Gaga e Britney Spears.

O estilo surgiu em Nova York e traz uma mistura de jazz com balé. Exige postura, equilíbrio e sensualidade. “Você relaxa e consegue trabalhar o seu interior. Pode ser profissional ou amador, o legal do stiletto é que você pega o salto e se joga, a diversão é garantida”, contou Thalyta Sousa, que é bailarina e professora de dança da Bodytech Shopping da Ilha.

Há três anos, a professora de dança ministra aulas de stiletto e a procura é constante, por isso, ela sempre busca inovar. “São duas aulas na semana e duas músicas por mês, porque precisamos estudar o passo. Primeiro, vamos misturando a teoria com a prática, depois, vou colocar em cada aula um trecho da música e vamos todos fazendo passo a passo bem devagar para assimilar melhor. Tenho uma turma de amadores e outra de bailarinos profissionais, mas o pique das duas é incrível”, explicaThalyta.

Foi para melhorar o ânimo e investir na saúde que a executiva de contas Samia Oliveira, de 39 anos, decidiu investir um pouco do tempo na dança, e os resultados até agora ela traduz como os melhores possíveis.

“Me ajudou muito, uma história de vida. Mas posso dizer que renasci e superei uma dificuldade pessoal depois que iniciei as aulas de stiletto e depois do balé. Troquei a recomendação de ansiolíticos e antidepressivos pela dança. Me recusei a ficar viciada em remédios e fui dançar”, pontua Samia.

Além de toda sensualidade, a dança faz a pessoa mexer praticamente o corpo inteiro em cima de um salto que pode ser de 10cm, ou mais. O alongamento é essencial para a execução dos movimentos, já que a modalidade movimenta bastante o tronco, quadris, pernas, costas e panturrilhas, provocando uma perda de 600 a 800 calorias. Além de uma alimentação saudável, é necessário que o praticante não coma nada pesado antes da aula. “Quando as alunas colocam o salto alto, se sentem mais fortes e isso é bom, afinal, qual mulher não gosta de se sentir poderosa? Temos que manter a postura, fazer os passos cruzados, caminhar elegante. Nada de pernas abertas ou andar desleixado. É preciso seguir com a leveza de um flamingo. Diante do próprio reflexo, é hora de fazer carão. Nada forçado, apenas uma aula de autoconhecimento, para identificar as feições que lhe caem bem”, conclui a Thalyta Sousa.

O Stiletto surgiu na Broadway Dance Center, em Nova York, da necessidade de se aprender a dançar no salto alto, para apresentações em clipes, shows e comerciais. A precursora do estilo foi a professora Dana Foglia, da Broadway Dance Center.

A aula desse estilo é trabalhada em duas etapas. A primeira é chamada de “High Heels”, onde o professor ensina como a pessoa deve se manter em cima do salto alto, trabalhando o equilíbrio através das técnicas de jazz e balé, além de caminhadas e movimentações mais elaboradas. A segunda parte, chamada “Femmology”, ensina como a mulher pode explorar sua essência feminina.