MÚSICA E EXPOSIÇÃO

Cartunista Jonilson Bruzaca expõe no Quintal Cultural

Público poderá apreciar as produções artísticas feitas pelo cartunista estampadas em caricaturas, ilustrações e produtos artesanais,

Ao longo de duas décadas, o cartunista Jonilson Bruzaca teve como principal referência os quadrinhos norte americanos e os de faroeste feito pelos italianos, evoluiu sua percepção e transformou seus desenhos de super-heróis em caricaturas, ilustrações, e por fim, em produtos artesanais. Esta evolução será percebida na exposição Fases e Faces de Jonilson Bruzaca, cuja abertura ao público acontece neste domingo, 28, à partir das das 16h Às 22h , na Casa d’Arte Centro de Cultura, localizada no município de Raposa, na Grande Ilha.
Jonilson Bruzaca apresenta através de pinturas, desenhos, caricaturas e artesanias a trajetória do artista ao longo dos últimos 20 anos. O trabalho de Jonilson Bruzaca é o reflexo de uma desconstrução de um padrão estético estratificado e um retorno à sua ancestralidade como ser humano. Com mãos hábeis, imprime estilo próprio não só nos desenhos e caricaturas, mas também na produção de peças, cujas matérias primas advêm de elementos naturais como o couro, o bambu, o osso e tecidos de algodão cru. Produtos estes fabricados por meio de instrumentos e ferramentas, em sua grande parte, também produzidos pelo próprio artista, em seu ateliê.
Divulgação
Autodidata, Bruzaca, como é conhecido, expressa em sua arte, suas raízes e porque não dizer, sua própria vivência. De uma infância em São José de Ribamar, traz uma experiência de menino que brincava no quintal de casa, produzia seus próprios brinquedos de madeira e fios representados nos arcos, flecha e revólveres inspirados por quadrinhos como Tex e Ken Park. Já na adolescência, foi ávido leitor das aventuras dos super-heróis das editoras Marvel e DC Comics. Por esta influência, já em São Luís, entrou para o SingularPlural, notório grupo de amantes das HQ’s, que chegou a produzir algumas publicações no início dos anos 2000.
Foi neste período que Bruzaca começou a experimentar outros traços e texturas e perceber que desenhar heróis não era pra ele. As ilustrações passaram a ter uma preocupação com uma anatomia mais natural, com menos músculos e mais expressões faciais. Este caminho o levou a experimentar detalhes mais bizarros da face humana, até chegar às características mais singulares da caricatura, algo mais autoral.
Exposição de caricaturas
 
Em 2007 teve o projeto Monstros 2008 – Exposição de caricaturas aprovado no edital do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), em parceria com a jornalista Zina Nicácio. A partir de então passou a utilizar outros elementos além da tinta e do papel. Carvão, madeira, tintura de mangue entre outros elementos naturais foram sendo introduzidos em sua arte, um retorno à sua raiz. Neste período de sua vida, Bruzaca partiu também em busca de novas experiências de autoconhecimento e cura da alma. Conheceu medicinas ancestrais e por meio delas, instrumentos utilizados para rituais sagrados, produzidos, sobretudo com matéria prima orgânica. “À proporção que ia me aprofundando nestes rituais, ia também refinando meu fazer artístico. Passei também a fabricar os instrumentos, aliando o meu saber com o respeito pelo sagrado e percebi o quanto isto me fazia bem e o quanto é importante no desenvolvimento dos trabalhos que executo atualmente”, lembra.
Da arte para o artesanato – O repertório artístico de Jonilson Bruzaca foi se moldando, se estruturando dentro de sua própria construção de identidade, estilo de vida e expressão de valores cultural e de crença ao longo dos últimos anos. Não obstante, às vésperas de completar 40 anos, seu trabalho é o reflexo de uma desconstrução de um padrão estético estratificado e um retorno à sua ancestralidade como ser humano. Com mãos hábeis, imprime estilo próprio não só nos desenhos e caricaturas, mas também na produção de peças, cujas matérias primas advêm de elementos naturais como o couro, o bambu, o osso e tecidos de algodão cru. Produtos estes fabricados por meio de instrumentos e ferramentas, em sua grande parte, também produzidos pelo próprio artista, em seu ateliê.
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