Pokémon GO
Saiba mais sobre o fenômeno
Mais popular que Twitter e Tinder, aplicativo promove socialização e atividade física. Porém, o jogo também tem se mostrado potencialmente perigoso
Localizado no centro da ilha de Manhattan, em Nova York, o Central Park é, discutivelmente, o parque urbano mais famoso do mundo. Entre as atrações do local por onde passam anualmente cerca de 40 milhões de pessoas, entre nativos e turistas, estão a paisagem bucólica, exposições, música ao vivo e pokémons.
Isso não foi um erro de digitação. Nas últimas duas semanas, desde que Pokémon GO foi lançado, o Central Park, assim como outras localidades não tão famosas assim, têm sido – literalmente – invadidas por milhares de pessoas que agora têm em mãos o mais próximo que já tiveram de tornar realidade o sonho de ser um ~grande treinador~.
O jogo, disponível para smartphones (ainda não lançado no Brasil) aposta na realidade aumentada, isto é, as famosas criaturinhas virtuais, como Pikachu, Bulbassauro, Charizard e tantas outras, são geradas virtualmente e “aparecem” em ambientes reais como o Central Park, o banheiro da sua casa, cozinhas de restaurante, etc.
Não há como escapar do clichê: “Fenômeno” e “febre” são, de fato, as palavras mais indicadas para descrever o que está acontecendo com Pokémon GO. Apesar de ter sido oficialmente lançado apenas nos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia, o aplicativo já se tornou mais popular que o Instagram, o Twitter, Snapchat, Facebook e até o Tinder, ou seja, há mais pessoas interessadas em encontrar o Pikachu do que a alma gêmea.
Para se ter uma ideia, em números, do sucesso de Pokémon Go, o jogo aumentou o valor de mercado da Nintendo, dona da franquia, em nove bilhões de dólares em apenas alguns dias.
Além de todo o sucesso financeiro e popularidade, o jogo tem sido elogiado pelo aspecto social e físico que promove aos usuários ao tirá-los de casa, fazê-los correr atrás dos bichinhos e trocar dicas com outros treinadores sobre a melhor maneira de encontrá-los e evoluí-los.
Caça ou caçador
Apesar de todos os aspectos positivos e possibilidades abertas pela dinâmica apresentada por Pokémon GO, o uso do aplicativo também têm se mostrado potencialmente perigoso, levantando questões sobre segurança.
Nos EUA, no Estado do Tennessee, uma campanha foi criada alertando para que motoristas não dirijam e tentem capturar pokémons ao mesmo tempo. Já nas redes sociais, usuários têm relatado pequenos acidentes, como cair em buracos, valas e torções no tornozelo ao tentar encontrar as criaturas em locais menos convenientes.
Além disso, a polícia tem avisado aos usuários sobre riscos de roubo e sequestro, recomendando sempre jogar Pokémon GO com um amigo e não aceitar a companhia de estranhos indicando locais afastados onde viram um pokémon raro. Em um macabro acontecimento na semana passada, ao tentar capturar um pokémon aquático, um jogador de 19 anos dos Estados Unidos encontrou um corpo afogado em um rio.
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