arte e tecnologia

Festival Multiplicidade leva o público ao ano de 2025

O Festival promove debates, palestras e performances musicais até o dia 11 de setembro

Rio de Janeiro – Estreou na segunda-feira, dia 18, o Festival Multiplicidade, no Oi Futuro Flamengo. Com o tema “Erro”, as instalações de todo o festival transportam ao ano imaginário de 2025 e ocupam todas as áreas expositivas do instituto.
O festival que está no calendário Cultural Olímpico das Olimpíadas Rio 2016, consegue sincronizar no ponto certo tecnologia e artes visuais e é patrocinado por meio da Lei Rouanet e da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e fica aberto ao público com entrada gratuita até o dia 11 de setembro.
O Multiplicidade há 12 anos apresenta artistas que, em suas instalações, realizam experimentos com diferentes recursos tecnológicos. O festival tem como curador o designer, fotógrafo, diretor, produtor e cinegrafista Batman Zavareze, que tem na bagagem passagem pela fábrica criativa da Benetton – local para onde vão os jovens mais criativos do planeta – e colaboração na imagem de construção de imagem da Sandpiper – Uma das maiores grifes do país.
Batman conta que a inspiração para o tema deste ano veio de uma performance de Naná Vasconcelos, falecido em março, no próprio festival em 2009, quando um apagão elétrico fez com que o artista durante sua apresentação tivesse que continuar a performance de qualquer maneira. “Lembro como se fosse ontem, durante o espetáculo do Naná, que por maior coincidência que seja, se chamava Blind Date (encontro às cegas), teve um apagão em todo o Brasil, que por sinal foi o maior apagão que o país já sofreu! Então ele teve que improvisar e pegou seus instrumentos tribais percussivos – chocalhos, tambores, berimbaus, voz e pés – para continuar a performance. E as pessoas no local não perceberam o que estava acontecendo, isso foi fantástico! Esse é uma homenagem para Naná. Então os trabalhos expostos nesta edição tem um pouco desse “erro” que se transformou em grandes espetáculos”, explica o curador.
Entre os destaques dessa edição estão a instalação de grandes artistas como o francês Joanie Lemercier, que tem um trabalho voltado principalmente em projeções de Luz no espaço e sem impacto. No local, seu trabalho exposto é uma instalação audiovisual intitulada “Volcano” que remete ao vulcão irlandês Eyjafjallajokull, que entrou em erupção novamente em 2010 e prejudicou o tráfego aéreo de boa parte do norte da Europa por causa da enorme coluna de fumaça expelida.
Entre obras brasileiras presentes estão o trabalho de Giuliarro Obici ‘Concerto para Lan House’, um espetáculo que por meio de um erro no computador, ele criou sons de imagens que se complementam e se tornaram uma performance cheia de cores e ritmos. Além de ‘Menos’, instalação Audiovisual: Matheus Leston a performance ‘Dedo’, que acontece a partir das 21h no local.
Em entrevista, o curador finaliza: A partir do caos e da imperfeição temos a chance de estabelecer novos olhares, numa relação mais humanizada e coletiva. Não estamos em busca de histórias de sucesso, nem a espetacularização das artes, tampouco a glamorização do artista. Ao contrário, queremos olhar para os desvios, lacunas, silêncios, ruídos e contratempos das nossas ações, normalmente não reveladas.”, complementa Batman Zavareze.
A repórter viajou a convite do Oi Futuro.
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