De uma trajetória marcada pelo sofrimento desde a postura de pequena texana oprimida, passando pela libertação em San Francisco, até o despontar como ídolo eternizado pela morte, aos 27 anos, Janis Joplin tem a vida recontada em Janis: Little girl blue.
Por meio de cartas, reveladoras e direcionadas para a família, além de entrevistas e inúmeras imagens de arquivo, Joplin está presente em quase todos os fotogramas do longa de Amy J. Berg que, feito ao longo de sete anos, teve passagens pelos festivais de Veneza, Toronto e Rio.
Desviando da esperada carreira de professora, prevista pelos influentes pais, Joplin tem a vida recontada, rumo à “aceitação social” que tanto almejava. De “maçã podre da família”, como grafa em carta, ela desponta com a “surpresa que podia cantar”. Autor de um dos grandes sucessos de Joplin (Me and Bobby McGee), Kris Kristofferson dá depoimento, junto de integrantes do primeiro ninho musical de Joplin — a Big Brother & The Holding Company, e também fundamenta a fita o perfil traçado pela irmã mais nova Laura Joplin e pelo repórter David Dalton (da revista Rolling Stone), que a via como “honesta, sexy e dona de inocência à la Huck Finn”.