Uma dedicada às massas e a outra aos chocolates, assim as sócias e alunas do curso de gastronomia, em São Luís, Adelaide Viana e Yasnaia Bonfim, estão conquistando o mercado com as delícias da confeitaria que produzem.

É comum ver que o gosto pela gastronomia nos últimos anos tem sido motivado pela necessidade que muitas pessoas têm em montar um negócio, mas no caso das duas sócias, foi o prazer pela gastronomia, em especial pela confeitaria, que fez surgir pelo caminho o negócio. Ambas têm na família aquela tia ou avó que adoram cozinhar e fazem aqueles pratos especiais e difíceis de esquecer e que se tornaram inspiração.

Melhor chocolate do mundo 

Na Bélgica, desde o século 19, há uma lei que regulamenta a produção do chocolate. Essa lei determina que qualquer produto pra ser“chocolate” precisa ter pelo menos 35% de cacau puro. O chocolate deve ser triturado até 15 ou 18 microns (unidade que mede os transistores de um processador. Equivale a um milésimo de milímetro), valor que consegue ser inferior à sensibilidade das papilas gustativas da língua. 70% da receita das barras do chocolate belga é de massa de cacau.

No Brasil, a legislação permite adição de gorduras para baratear a produção, predominam gorduras hidrogenadas e os óleos de coco e dendê.

As sociais trabalham com a chamada ficha técnica dos doces que elaboram, garantindo o padrão nas receitas que disponibilizam no mercado. “A diferença do cozinheiro para confeiteiro é a balança. Um grama a mais da diferença na receita. Trabalhamos com medidas exatas, diferente de muitas marcas. Com a crise muitas pessoas começaram a fazer bolo em casa, mas, quando você pergunta qual a receita padrão, a pessoa não tem. A intenção é fazer com que os nossos clientes possam provar dos nossos produtos em qualquer lugar e identificar o sabor e a nossa marca”, pontua Yasnaia.

O carro-cehfe de vendas da dupla é o bolo de rosas decorado com chatininho, que é leve e sem o sabor doce extremo. Vendidos por tamanhos, combinam com recheios diversos e são vendidos como todos os produtos da casa, por encomenda. “A confeitaria futuramente vai extinguir o excesso de açúcar e aí começa a surgir o chantininho, que é uma mistura de chantili com leite ninho que permite que a pessoa coma o bolo da decoração até o recheio e ele não tem tanto açúcar”, acrescenta Adelaide.

Outra especialidade são as trufas, com destaque para a de limão siciliano com lavanda e avelã. Para inovar e surpreender, elas apostam em combinações que atraem e conquistam o paladar dos mais exigentes, como doces com vinho do porto e champanhe. Na linha lowcarb, há opções para quem adora doce, mas não quer exagerar no açúcar, pois não ativa a insulina.Apesar dos poucos meses dessa nova fase a dupla já tem novidades, como a “Linha da Vovó”, que traz bolos clássicos feitos a partir de receitas da vovó. O chocolate belga é utilizado nas receitas, por ser considerado o verdadeiro chocolate e ter suas peculiaridades no sabor e modo de preparo que tem um toque especial no tempero, antes de ser usado nas receitas.

“O chocolate belga não tem gordura hidrogenada, só cacau, por isso ele derrete fácil e precisa da temperatura ideal para ser preparado. E agente precisa de uma cozinha e uma estrutura fria. Nós tivemos que refrigerar a cozinha e ter uma cozinha fria para atender aos pedidos”, explica a criadora da marca, Adelaide.

Futuramente, a Brigadele pretende fabricar e comercializar barras personalizadas de chocolate e atender eventos e se dedicar à confeitaria, confeitaria lowcarb e panificação e ampliar o negócio que tem adoçado a vida de muitas clientes.