CINEMA

‘A lenda de Tarzan’ mostra devoção à natureza e resgata aspectos clássicos

Dia de futebol também é dia de cerveja gelada e petiscos caprichados em bares da cidade

Um misto de aventuras à moda de Tudo por uma esmeralda (1984) e As minas do rei Salomão (1949), o mais recente filme de David Yates cumpre a promessa de uma sessão matutina, sem maiores efeitos — superada a carga de truques visuais, à mão do mesmo diretor que deu fim à saga de Harry Potter. Destacado como “filho preferido” da África onde teve como mãe uma macaca da imaginária espécie de gorilas magnani, o protagonista de A lenda de Tarzan não traz maiores desafios para o sueco Alexander Skarsgard (o Eric de True blood).
Em fins do século 19, já recolhido da criação selvagem, o lorde John Clayton (Skarsgard, na pele de um Tarzan retraído pelo impasse de viver rotina de grande cidade) se envolve num corre-corre que deriva de negociatas com exuberantes diamantes de Opar e avança sobre o senso de exploração de territórios coloniais africanos — no caso, do Congo Belga. Em princípio, no enredo pesa uma estética de embates assemelhados aos movimentos de 300, enquanto algo da pintura corporal faz lembrar imagens do mais novo Mad Max.
Num misto de aventuras à moda de Tudo por uma esmeralda (1984) e As minas do rei Salomão (1949), o mais recente filme de David Yates cumpre a promessa de uma sessão matutina, sem maiores efeitos — superada a carga de truques visuais, à mão do mesmo diretor que deu fim à saga de Harry Potter. Destacado como “filho preferido” da África onde teve como mãe uma macaca da imaginária espécie de gorilas magnani, o protagonista de A lenda de Tarzan não traz maiores desafios para o sueco Alexander Skarsgard (o Eric de True blood).
Em fins do século 19, já recolhido da criação selvagem, o lorde John Clayton (Skarsgard, na pele de um Tarzan retraído pelo impasse de viver rotina de grande cidade) se envolve num corre-corre que deriva de negociatas com exuberantes diamantes de Opar e avança sobre o senso de exploração de territórios coloniais africanos — no caso, do Congo Belga. Em princípio, no enredo pesa uma estética de embates assemelhados aos movimentos de 300, enquanto algo da pintura corporal faz lembrar imagens do mais novo Mad Max.
Até a entrada no roteiro da clássica tirada “Eu, Tarzan; você, Jane”, muita coisa cheira a tom solene. Levas de marfim são contabilizadas, em cena; há críticas à construção de pródigas igrejas e escolas para servirem colônias; e ecoam cantorias africanas, contemplando o tal (e esperado) espírito da selva. Rituais de acasalamento e algum erotismo tão logo encontram brecha, saem de cena, para alargar o alcance de filme pipoca.
Calmo e sorridente e se repetindo num papel vencido, Christoph Waltz reclama a identidade do belga Leon Rom, enquanto Samuel L. Jackson retoma a verve inspirada e constante, na pele do tipo que alerta Tarzan quanto ao potencial de exploração instaurado pelos brancos.
Sem paralelo com a literatura do americano Rice Burroughs, Margot Robbie tem pouca luz na fita, na pele de uma chata Jane, orgulhosa, comedida e respondona. Politicamente correto, o filme ao menos imprime a devoção à força da natureza e tem momentos divertidos, como o exagero que envolve um crucifixo.
 
 
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