A moda plus size é um segmento em expansão. O crescimento chega a 6% ao ano e movimenta cerca de R$ 5 bilhões, segundo a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest). A moda já tomou conta das araras de grandes lojas de departamentos em vários cantos do Brasil. Em São Luís, o mercado ainda é bem tímido, com poucas lojas especializadas, quando comparada a outras capitais.

A estudante Vanessa Oliveira sempre teve o quadril largo e por isso usa um número maior de roupas. Por varias vezes ela teve dificuldades de encontrar peças ideais para seu corpo. “Em algumas lojas que fui não encontrava do tamanho que eu vestia. Ficava triste quando gostava de alguma peça e quando pedia a minha pontuação, não tinha. Já cheguei a voltar pra casa sem ter comprado nada”.

A empresária Teyla Sá resolveu abrir um negócio e apostou nas roupas plus size, as opções expostas na loja tem atraído clientes carentes de variedades no mercado. “A minha mãe já tem uma loja no centro da capital nesse segmento. Quando eu decidi abrir a minha própria, percebi que o mercado é carente aqui em São Luís e por isso a aceitação está sendo muito boa”.

Com o manequim 46, a estudante Thaise Souza conta que toma alguns cuidados ao escolher as roupas quando vai às compras “Eu sempre evito usar estampas, procuro sempre roupas com tons escuros. A roupa mais estampada que eu tenho é uma com paisagem”, explica.

Vanessa também escolhe roupas com muito cuidado. “Sempre tomei muitos cuidados ao comprar qualquer tipo de roupa. Até porque na minha cabeça eu tinha que vestir algo que me dava a sensação de estar mais magra”, acrescenta.

A internet também tem sido uma aliada na divulgação das peças e orientação para o modelo ideal de roupa para cada corpo e que Teyla tem disponíveis na loja. Além de auxiliar muitas mulheres a escolher um look. “Vou a desfiles e tento trazer novidades a cada 30 dias. Posto às novidades nas redes sociais, pois quando os clientes chegam aqui, já sabem o que procurar”, acrescenta.

A empresária conta que as mulheres têm mais receio de entrar em uma loja especializada em peças com números maiores. “Por incrível que pareça às mulheres ainda tem vergonha de entrar em uma loja feminina plus size, um pouco de preconceito talvez! O homem não, já é bem resolvido. Chega compra, na maioria das vezes mais de uma peça”, pontua a empresária.

“Sempre tive muito preconceito comigo mesma. Cresci achando que era feia porque era gorda. Não saia muito de casa, as roupas pareciam não servir em mim ou ficavam feias. Agora que estou emagrecendo, confesso que estou mais confiante”, afirma Vanessa.

Já Thaise, diz não se importar com tamanhos. “Eu não tenho nenhum preconceito, até por que eu sou ciente do tamanho que eu uso, então pra mim é bem tranquilo”.

A top brasileira Fluvia Lacerda que se tornou referência no mercado plus size, orienta sobre as melhores escolhas;

“A etiqueta da roupa pode ter a numeração que você acredita ser sua, mas a falta de padronização de tamanhos de manequim no Brasil complica bastante na hora de ter uma referência coerente do que realmente serve na gente. Então, busque aquilo que cai bem em você e não force algo que não serve só por causa do número que está na etiqueta. Afinal, esse número só quem vê é você!”

“Acredito que quando você se veste com segurança e tem autoestima positiva, você automaticamente se torna muito mais atraente. Às vezes, uma mulher pode vestir uma peça de roupa linda, mas não está de bem consigo mesma, e isso transparece a todos ao seu

redor. Por isso, seja qual for seu estilo, sinta-se segura na hora de se vestir e você será a mulher mais sexy do ambiente!”

“Lembre-se que na maioria dos casos a regra menos é mais deve ser considerada como ponto de partida na hora de se vestir. Maquiagem exagerada, muitos acessórios e usar um salto alto demais sem saber andar com ele mostra falta de estilo e insegurança. Tudo em moderação é melhor.”

“Jeans de lavagem escura fica bem com tudo! E o blazer é uma peça de roupa que deixa qualquer look mais refinado.”