A Galeria Trapiche Santo Ângelo, promoverá o workshop “Corpo, espasmo, prótese – processo colaborativo na fotoperformance”, com mediação do artista Dinho Araújo, no período de 22 a 27 de junho, das 15h às 18h. O pesquisador Dinho Araújo foi o artista selecionado pelo Edital Bolsa Residência e o workshop é uma ação de culminância deste processo desenvolvido no Instituto Ja.Ca, de Minas Gerais, em parceria com a Galeria Trapiche. As vagas são limitadas para 15 participantes e qualquer pessoa pode participar, bastando enviar uma imagem como proposição de trabalho para o e-mail da galeria: galeriatrapicheslz@gmail.com.

“Esta é mais uma ação de fomento ao segmento das artes visuais, uma novidade para este ano, o edital Bolsa Residência, que integra o projeto do VI Salão de Artes Visuais de São Luís e que possibilitou essa troca de experiência de um artista da cidade de São Luís com artistas de outras cidades do país em Minas Gerais”, destacou a diretora da Galeria Trapiche, Camila Grimaldi.

Para o pesquisador, a experiência no Instituto Ja.Ca abriu novas possibilidades de reconfiguração de seu próprio trabalho como artista e na relação com uso do espaço disponibilizado para a criação. “O Ja.Ca tem investido nos processos de residência artística como estratégia para uma inserção no espaço onde está situado, o bairro do Jardim Canadá, em Nova Lima (MG). Habitar esse lugar em diálogo constante com os demais artistas residentes e performers com quem tive oportunidade de trabalhar produziu deslocamentos na forma de pensar meu trabalho, sobretudo pela forma colaborativa de criação dos ensaios, sempre marcados por atravessamentos de várias ordens”, afirmou Dinho.

Dinho tem explorado intervenções estéticas em espaços urbanos por meio da fotografia lambe lambe, técnica que consiste em fixar as imagens diretamente em muros, tapumes e outros elementos da paisagem. A intervenção provoca e instiga a relação do espectador com diferentes espaços, desvelando cenários cotidianos a partir de aproximações entre corpo e cidade. Durante o workshop, o foco será a produção de experimentos de fotoperformance em uma perspectiva colaborativa.

“Cada artista residente tem um processo muito particular, que se tangencia pelas discussões que travamos diariamente. No caso do meu trabalho, uma contribuição direta tem sido a de Shima, performer paulista, que tive oportunidade de fotografar para criação de uma das séries de lambes durante a residência. Os nossos processos de trabalho também são marcados pelo diálogo com a curadoria e coordenação executiva do Ja.Ca. É uma curadoria aberta sobretudo à escuta. Além das intervenções realizadas no Jardim Canadá darei continuidade ao processo de produção das imagens e aplicação dos lambes em São Luis”, disse Dinho Araújo.