A 39ª edição do Guarnicê Festival de Cinema que será aberta nesta segunda-feira, dia 06, às 19h, no Teatro Artur Azevedo está cheia de novidades. Pela primeira vez, a mostra acontecerá em vários pontos culturais do Centro Histórico de São Luís. Até 11 de junho, a área será tomada por diversas atividades que ocorrerão no Cine Praia Grande, na Casa do Maranhão, no IEMA Praia Grande (Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão), nos teatros da Cidade, João do Vale e no Teatro Arthur Azevedo, lugares que darão espaço a mostras de filmes, sessões de bate papo e oficinas formativas.
O Guarnicê é o segundo maior festival realizado por uma universidade e o quarto mais antigo do Brasil. Com essa história e já mirando a 40ª edição, em 2017, a organização buscou inovar este ano. “O festival está muito bem pensado, com uma programação muito interessante, com filmes de excelente nível, com oficinas de qualidade. Fizemos algumas parcerias que vêm somar muito com o festival, e acreditamos que é uma preparação para os 40 anos do festival. Vamos tentar cada vez mais melhorar e trazer inovação, porque o festival se reinventa a cada ano”, explicou Fernanda Pinheiro, coordenadora geral do festival.
Outra novidade fica por conta da parceria com a Novelo Filmes, produtora de Santa Catarina, responsável pela vinda de filmes e artistas de renome para o evento.
“O que nós queremos é que o público se aproprie do Festival Guarnicê e esteja mais próximo, porque não queremos que esse festival seja só de um público específico, mas de todas as pessoas, de todas as idades, de todas as classes sociais”, reforçou Fernanda.
O Festival Guarnicê de Cinema é uma realização do Departamento de Assuntos Culturais da Universidade Federal do Maranhão (DAC-UFMA) com patrocínio do Governo do Maranhão, da Companhia Energética do Maranhão (CEMAR), por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e do Banco do Nordeste.
Entrevista com Fernanda Pinheiro, diretora do DAC e do Guarnicê
Quais os diferenciais dessa edição?
Fernanda Pinheiro – Nós temos a recepção lúdica, na Mostra Guarnicezinho, direcionada ao público infantil, feita pela Companhia Catártica; na mostra jovem, teremos a presença da Aída Queiroz, fundadora do Anima Mundi, o segundo maior festival de animação da América Latina. Haverá uma conversa sobre filmes de animação; o festival vai até a sala de aula, levando uma exibição de filmes durante o festival, na escola UI Governador José Murad, com a presença dos realizadores e da escritora Lenita Sá, com o filme Joca e a Estrela, e, após a exibição, será realizada uma oficina de flipbook. Outra novidade é o movie lounge, no lounge do Teatro da Cidade, onde acontecerá um bate papo com os realizadores.
Outra novidade é que este ano todo mundo que está vindo para cá vai contribuir muito com o festival e com a produção cinematográfica do nosso estado. Elas não vão estar só representando seu filme, mas também aplicando oficinas, participando de bate-papos e tendo conversa com o público.
Qual é o segredo para manter um festival durante tantos anos?
Fernanda Pinheiro – É o segundo maior festival realizado por universidade. Ele tem a chancela de uma Universidade Federal. É um projeto de extensão. Tem a responsabilidade social de levar a cultura para a sociedade. Levar o acesso ao cinema e à cultura. Promover a possibilidade de muitas pessoas que nunca tiveram acesso ao cinema assistir a filmes de qualidade, assistir com temáticas interessantes […]. Ter pessoas na equipe comprometidas, competentes, que têm amor ao cinema é o que mantém o festival vivo há quase 40 anos.
Programação segunda-feira (06)
8h – Oficina de animação com Enzo Giaquinto e Maurício Nunes
Local: Prédio da IEMA (Praia Grande)
9h – Inauguração da Cinemateca, prédio do DAC – Rua Humberto de Campos, 174 – Centro
19h – Solenidade de Abertura
Local Teatro Artur Azevedo