O diretor Duncan Jones assumiu uma missão difícil: adaptar para as telonas World of Warcraft, clássico do universo dos games. Não bastasse o retrospecto negativo de filmes baseados em jogos, Jones enfrenta o crivo de uma legião de fãs fervorosos. Até o fim de 2015, eram 5,6 milhões de usuários ativos (o número já chegou a 12 milhões). O resultado da batalha do diretor chega às telas hoje com Warcraft — O primeiro encontro de dois mundos.

Para representar a guerra entre humanos e orcs no ficcional mundo de Azeroth, o diretor recebeu um orçamento robusto. Foram US$ 100 milhões, que proporcionaram uma profusão de efeitos especiais e de recursos de computação gráfica.

O próprio Jones assumiu que apesar do bom orçamento, a dureza da tarefa e disse que um erro seu provocaria muito estrago, já que a intensidade com que os fãs se envolvem com o game é imensa. “O que você tem que se lembrar com Warcraft sempre, provavelmente mais do que com qualquer outro jogo de computador, é que as pessoas passam mais tempo neste lugar que nos lugares em que vivem”, disse o diretor em entrevista ao jornal britânico The Guardian.

Outro ponto levantado por ele como um dos desafios da adaptação foi a necessidade de criar um longa interessante tanto para quem nunca ouviu falar do jogo quanto para quem praticamente vive dentro dele. “Como posso fazer um filme de fantasia com personagens cativantes, com uma história que realmente anda junto, mas, ao mesmo tempo, fazer algo totalmente diferente, se você está assistindo como um fã?”, questionou.