SÉTIMA ARTE

Projeto Cinema de Arte traz filmes produzidos no Brasil e no exterior

De 5 a 11 de maio será exibida a Mostra O Cinema Pelo Mundo, integrada por conhecidas e premiadas produções internacionais

O filme nacional Os Pobres Diabos de Rosemberg Cariry foi o longa de estreia do Projeto Cinema de Arte que iniciou esta semana na Rede Cinépolis do São Luís Shopping e que terá ainda a Mostra O Cinema Pelo Mundo, com 7 produções internacionais inéditas em São Luís. Os Pobres Diabos foi premiado como o Melhor Filme pelo público no Festival de Brasília-2013. De 3 a 11 de maio o Projeto Cinema de Arte traz filmes de arte produzidos no Brasil e no exterior, em sua grade nacional.
A comédia Os Pobres Diabos, dirigida pelo cearense Rosemberg Cariry, o realizador de Corisco e Dadá (1996), fez a abertura em sessão especial para a imprensa e convidados, na última terça–feira, dia 03. Ganhador do Prêmio do Público no Festival de Brasília-2013, teve a sua primeira exibição nacional antes de seu lançamento comercial pela 02Play, nova distribuidora brasileira, do cineasta Fernando Meireles.
De 5 a 11 de maio será exibida a Mostra O Cinema Pelo Mundo, integrada por conhecidas e premiadas produções internacionais, todas inéditas em São Luís. Uma delas, em estreia nacional, é Memórias Secretas (Remember), que será exibido dia 5, às 19h30. A obra é do aclamado cineasta canadense Atom Egoyan, com Christopher Plummer e Martin Landau, prêmio de Melhor Diretor no Festival de Veneza e no Festival de Mar Del Plata-2015.
Mostra O Cinema Pelo Mundo
A Senhora da Van (Lady in the Van)
Do inglês Nicholas Hytner (de ‘As Loucuras do Rei George’ e ‘As Bruxas de Salém’), com os premiados Maggie Smith e Jim Broadbent. Baseado na história real de uma idosa que viveu durante anos numa van estacionada à porta de um escritor londrino.
As Sufragistas (The Sufragettes)
Da inglesa Sarah Gavron, com Carey Mulligan e Helena Bonham-Carter, ganhador de 14 prêmios internacionais, também aborda uma história real, a do movimento sufragista que deu às mulheres o direito ao voto na Inglaterra e nos EUA em 1883.
Black Butler 
O Mordomo de Preto (Kuroshitsuji) – Dos nipônicos Kentaro Otani e Keiichi Sato, com Hiro Mizushima e Ayame Goriki. Elogiada adaptação do famoso mangá de Yana Toboco sobre espiã que teve os pais assassinados e faz pacto com um demônio para se vingar.
Filho De Saul (Saul Fil) 
Do húngaro Lászlo Nemes. Considerada a Obra do Ano, ganhadora de 46 prêmios internacionais, entre eles o Globo de Ouro e o Oscar de Filme Estrangeiro, acompanha a história de um professor que tenta promover um funeral digno a uma criança morta no campo de concentração de Auschwitz.
Steve Jobs 
De Danny Boyle, com Michael Fassbender e Kate Winslet, conta a intrigante história de Steve Jobs, de 1984 a 1998, período em que criou a revolução digital. Ganhador de 11 prêmios.
Senhor Holmes (Mr. Holmes)
Do estadunidense Bill Condon, traz Ian McKellen em fulgurante interpretação de um Sherlock Holmes com 90 anos de idade que tenta resolver um caso de assassinato com a ajuda de um garoto.
Sinopse Os Pobres Diabos
O ‘Gran Circo Teatro Americano’ perambula por pequenas cidades dos sertões, até chegar à cidade de Aracati, onde monta uma peça teatral. No cotidiano do circo, acontecem aventuras, nas quais os personagens agem ao modo picaresco dos anti-heróis da literatura de cordel e do romanceiro popular. As dificuldades se acumulam, mas a arte ajuda a superar desventuras e tragédias. O espetáculo não pode parar.
PROGRAMAÇÃO
DIA 6 – 6ª Feira – 19h30
A Senhora da Van (Inglaterra, 2015), de Nicholas Hytner
DIA 7 – Sábado – 14h
As Sufragistas (Inglaterra, 2015), de Sarah Gavron
DIA 8 – Domingo – 14h
Black Butler – O Mordomo Perfeito (Japão, 2015), de Kentaro Otani e Keiichi Sato
Duas perguntas//Diretor Rosemberg Cariry
Com ‘Os Pobres Diabos’, você volta ao gênero ficcional após realizar filmes documentários nos últimos anos. Como você chegou até essa história?
A ideia deste filme nasce de duas vertentes importantes da cultura popular nordestina: o circo e a literatura de cordel. Os circos traziam coisas extraordinárias e magias que encantavam as populações sertanejas. A literatura de cordel, vendida e propagada nas feiras, trazia as fantasias de outros mundos e a grandeza dos heróis e heroínas, que se movimentavam não apenas no sertão, mas em territórios imaginários de muitos países do mundo. A literatura de cordel trabalha com o mundo e com múltiplas heranças. No cotidiano do circo, acontecem aventuras, nas quais os personagens agem ao modo picaresco dos anti-heróis da literatura de cordel e do romanceiro popular, mas as dificuldades se acumulam, e é a arte que vinha ajudar a superar as desventuras. Afinal de contas, em um circo, o espetáculo não pode parar.
O filme trabalha com esse universo extraordinário e lúdico, poderíamos classificá-lo como uma comédia?
Não, não temos a pretensão de ter realizado uma comédia. O filme aborda dois aspectos. O primeiro é o cotidiano do circo. Embora tudo pareça realista e normal, no cotidiano do pobre circo, os artistas (estrelas tombadas como Lúcifer, nos céus do sertão) são uns ‘pobres diabos’ em busca da sobrevivência e do reencontro com o deus-povo, na sagração da fruição estética do espetáculo e da comunhão do reconhecimento e do aplauso. Temos assim certo ‘espírito do humor’, mas sem a intenção de ser uma comédia, por conta de alguns acontecimentos trágicos que mudam a vida dos personagens.
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