Na Trilha do Cangaço

Livro traz imagens de resgate da história de Lampião

Vencedor do prêmio Marc Ferrez, o livro Na Trilha do Cangaço – O Sertão que Lampião Pisou será lançado hoje, no Museu Histórico e Artístico

O fotógrafo Márcio Vasconcelos viajou quatro mil quilômetros sozinho com seu próprio carro durante dois meses, registrando lugares e personagens que construíram o imaginário popular do mito Lampião. Recolheu imagens fantásticas do Nordeste brasileiro e produziu um ensaio fotográfico transformado em livro. O projeto, contemplado em 2010 com o XI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia, ganhou edição requintada com a publicação de Na Trilha do Cangaço – O Sertão que Lampião Pisou, que será lançado nesta terça-feira, no Museu Histórico e Artístico do Maranhão, a partir das 19h30, com performances de Urias de Oliveira e o DJ Jorge Choairy fazendo a trilha sonora.
Com curadoria de Maureen Bisiliat e texto de apresentação do historiador Frederico Pernambucano de Mello, pela editora Vento Leste, o livro tem capa dura, 104 páginas e será vendido no lançamento por R$ 40,00.
O registro de Márcio Vasconcelos passou por cinco estados do Nordeste brasileiro – Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia e Ceará –, tendo visitado grandes cidades, povoados e pequenos vilarejos, retomando trilha imaginária por onde Lampião poderia ter passado, de 1920 a 1940. Desta forma, a trilha deveria começar no Sítio Passagem das Pedras, em Serra Talhada, local do nascimento de Virgulino Ferreira da Silva, e terminar na Grota de Angico, na beira do Rio São Francisco, em Sergipe, onde Lampião foi morto pela volante do Tenente João Bezerra.
“Fazer o Na Trilha do Cangaço foi muito pela pesquisa e pelo interesse que o mito Lampião sempre despertou. Fui inspirado pelas imagens que tenho na memória dos fotógrafos da época, que se aproximaram do Lampião, o filme e o material deixado pelo Benjamin Abrahão, e pude ver que de lá pra cá muita coisa ainda permanece como se o tempo tivesse parado nas mesmas agruras e dificuldades de anos atrás”, conta Márcio.
Na publicação Márcio se propôs a resgatar e refazer os caminhos percorridos por Lampião e Maria Bonita, Corisco e Dadá, e seus bandos, através da elaboração de uma trilha que ligasse locais que foram simbólicos na história do cangaço pelos sertões nordestinos.
“Passei por momentos de extrema emoção, principalmente quando deparava com lugares simbólicos ou personagens que foram testemunhas e que ainda se encontram lúcidos apesar da idade avançada”, lembra o fotógrafo.
Para a edição das fotos Márcio teve a curadoria de Maureen Bisilliat, fotógrafa inglesa famosa e que já mora no Brasil há muitos anos. “Feliz conjuntura entre as imagens de Vasconcelos – silenciosas, sensíveis, estrofas de um poema – e a Saga do Cangaço e do Lampião, história escrita por Frederico Pernambucano de Mello que com riqueza de informação euclidiana, nos apresenta Lampião ‘símbolo de toda uma região brasileira’, um livro que cavalga célere, levado pelas esporas do cangaço e pelo vento forte do sertão!”, escreve Maureen.
Sertão Nordestino
A intenção do projeto é resgatar e refazer os caminhos percorridos por Lampião – segundo personagem mais biografado da América Latina, depois do Che Guevara -, Maria Bonita, Corisco, Dadá e seus bandos, através da elaboração de uma trilha que ligará locais que são simbólicos na história do cangaço pelos sertões nordestinos. Além do aspecto físico desse sertão revisitado, o projeto pretende também identificar, localizar e fotografar personagens que fazem parte dessa história, além de descendentes destes, para contar causos e atestar a veracidade do mito Lampião e Maria Bonita.
Ficha Técnica
Obra: Na Trilha do Cangaço – O Sertão que Lampião Pisou (Fotografias de Márcio Vasconcelos e Texto de Frederico Pernambucano de Mello)
Curadoria e Concepção Editorial: Maureen Bisiliat
Editora: Vento Leste
Produção Cultural: Marina Gonzalez/COMG
104 páginas, capa dura, 27cm x 23cm
Serviço
O quê? Lançamento do livro Na Trilha do Cangaço – O Sertão que Lampião Pisou
Quando? 31 de maio, a partir das 19h30
Onde? Museu Histórico e Artístico do Maranhão (Rua do Sol, 302, Centro)
Quanto? R$ 40,00
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