COMPORTAMENTO

Juliana Silveira, um exemplo de versatilidade feminina

Ela é mãe, jornalista, não tem babá nem secretária e faz questão de participar do cotidiano das filhas sem perder a o ritmo no trabalho

Mãe, jornalista, empresária e de olho em novos projetos, Juliana Silveira, como muitas pessoas, tem o dia a dia bem corrido. Desde que o marido recebeu uma proposta para trabalhar em outro estado, ela, então, teve que estabelecer uma nova logística para estar presente na vida das duas filhas, Isadora, de dois anos, e Catarina, com 10 meses, mesmo com todas as demandas do trabalho.
“Não tenho babá, nem secretária. E faço questão de ajudar a Isadora (2 anos e sete meses) nos deveres de casa, dar banho, arrumar, levar e buscar na escola. Minha mãe é meu braço direito e esquerdo, caso contrário, eu não teria como cuidar da caçula e trabalhar”, acrescenta. O trabalho não tem hora para começar e nem terminar. “Tanto tenho que acompanhar um cliente em uma entrevista às 6h30, quanto estar disponível para atender alguma demanda urgente no meio da madrugada. Vida de assessor é atribulada, imprevisível e, ainda assim, estimulante”, pontua.
Juliana e a filha Isadora, de 2 anos e sete meses (foto: Karlos Geromy/O Imparcial)
Como se não bastasse ser mãe de duas pequenas princesas e estar à frente da Cores, empresa especializada em assessoria de comunicação, há 11 anos, ainda neste semestre Juliana elabora projeto para o área nutricional. “Juntamente com minha cunhada, Rejane Holanda – que é nutricionista – pretendo lançar um serviço de alimentação infantil. Estou muito otimista e animada com essa nova possibilidade de atuação no mercado. Vou fazer, mais do que nunca, o dever de casa, já que cabe a mim divulgar a marca, promover relacionamento com influenciadores e gerar visibilidade para a Merendeira, nome da nossa empresa”.
O que a motivou a escolher sua formação?
Desde o tempo de escola, sempre gostei de apresentar trabalhos, de falar em público. Nunca tive medo de plateia. Português e história eram minhas disciplinas preferidas. Quando chegou, enfim, a temida hora do vestibular, minha mãe lançou a pergunta: “O que você gosta de fazer, de verdade?” Uma pergunta simples e certeira. “Falar e ler”. Era isso! À época, muitos colegas tentavam vaga em mais de uma universidade. Eu me inscrevi apenas na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), para o curso de Jornalismo. Eu não seria feliz em outra profissão. E a oportunidade de trabalhar na TV surgiu quando ainda cursava o 4º período. Fiz uma prova e concorri com dezenas de candidatos a uma vaga de trainee para a TV Mirante.
Passei e estagiei durante um ano até ser efetivada. Foi uma caminhada de quase dez anos, de muito aprendizado, onde fiz grandes amigos e consolidei meu sobre¬nome para alçar voos fora dali. A TV foi minha grande escola e devo muito a cole¬gas que tanto admiro, a exemplo de Tácito Garros, Rosalvo Júnior e Valéria Pedrosa, que acreditaram que uma menina magrela, de cabelos escorridos, ainda nos primeiros anos da universidade, tinha jeito pra coisa. Anos mais tarde, eu receberia o prêmio de melhor reportagem nacional pela Associação dos Magistrados Brasileiros.
O que mudou desde o nascimento das suas filhas?
Absolutamente tudo! Mudei completamente minha forma de pensar, revi prioridades, os valores das coisas e das pessoas depois que me tornei mãe.
Como é a Juliana Silveira mãe?
Me cobro muito e, sinceramente, gostaria de ser mais presente, de curtir mais minhas filhas. Posso dizer que sou carinhosa, mas rígida quando necessário. Trabalho a independência das minhas filhas, desde cedo. Tem gente que pergunta (já afirmando. Risos): “Ah, você vai sentir saudade delas pequenininhas”. Acho que até assusto as pessoas quando respondo taxativamente, que n ã o . Gosto de curtir cada fase, mas sem nostalgias. Na verdade, vivo a ansiedade de ver Isadora deixar as fraldas e da Catarina começar logo a andar.

Juliana Silveira (foto:Karlos Geromy/O Imparcial)

Como é sua rotina e como consegue conciliar o trabalho com a vida pessoal?
Tento ser prática e antecipar a organização de tudo para ganhar tempo no dia seguinte. Deixo as bolsas da escola e da creche das meninas já prontas. Até a roupa que vou usar, deixo separada. Às 7h30, já estou a caminho da creche com a caçula. Dependendo da agenda de compromissos, sigo para o escritório ou para reuniões com clientes. Ao meio-dia tenho que estar de volta para arrumar a filha mais velha, ajudá-la com o dever de casa e levá-la para a escola. Muitas vezes, nem consigo almoçar.
Durante a tarde, também tenho cuidado da parte administrativa e comunicação da nova empresa. Ás 17h20 busco Isadora na escola e, pertinho, fica a creche de Catarina. É quando começa meu terceiro turno (risos). A noite é reservada para a diversão com minhas meninas. Sento no chão, brinco de boneca… em meio a tudo isso, dou o jantar de uma, preparo o mingau da outra. Ambas exigem minha atenção e carinho. Me desdobro, com uma no colo e a outra, literalmente, na barra da saia. É cansativo, mas recompensador. Amo colocar minhas filhas para dormir, deitar com elas na cama, sentir o cheirinho delas. Embora pareça contraditório, elas são minha maior fonte de energia.
O que aprendeu de mais valioso até aqui?
O quanto a missão da maternidade exige de você um exercício constante de paciência. Um aprendizado que tem me ajudado muito em outros aspectos da vida e me feito agir de forma menos impulsiva e imediatista.
Existe receita para o sucesso?
Não acredito que exista receita. Acredito em foco e disciplina.
O que faz para cuidar da saúde e de você como mulher?
Tenho cuidado muito pouco de mim. Sempre gostei de fazer atividade física, mas ultimamente não tenho conseguido nem passar na porta da academia. A vantagem é a genética (risos). Não tenho tendência para engordar. Ao contrário, perco peso quando deixo de malhar. O que ajuda também são os hábitos alimentares. Não gosto de doce, tomo refrigerante raramente e não dispenso uma salada.
Agora, no quesito beleza, o máximo que consigo, fugindo no meio do expediente, é ir ao salão. Não tenho paciência para tratamentos estéticos, nem para me encher de cremes. Sei que faz um mal danado para a pele dormir com maquiagem, por exemplo, mas já perdi as contas de quantas vezes caí no sono toda maquiada. Já sinto as consequências desse mau hábito.
O que poucos sabem
O que é “Família”? Meu ponto de equilíbrio e paz
Amar é… Entrega
O que te inspira? Novos desafios
O que o dinheiro não compra? Consciência tranquila
O que causa mais medo? Não alimento medos
Livro de cabeceira? Muitas Vidas, muitos mestres (Brian Weiss)
Se não fosse aqui, onde gostaria de viver? Em qualquer lugar onde pudéssemos estar juntos, eu, minhas filhas e meu marido.
O que não troca, não vende, não empresta? Valorizo tudo que conquistei, mas não tenho apego a nada material
Ser elegante é… Ser educado
Hipocrisia: Me tira do eixo
O melhor da vida é? Ter a cada dia uma nova chance de recomeçar
Sonho? Conseguir reunir minha família novamente. Meu marido está trabalhando fora há mais de um ano.
O que mais lhe faz feliz? Ver minhas filhas com saúde e sorrindo
O que gostaria de fazer que ainda não fez? Aprender a dançar tango e pilotar moto
Domingo é ótimo para: Caminhar na praia, ir ao cinema? Nem lembro mais quando fiz isso (risos)
Sente falta de algo? O quê? De sair para dançar um samba de roda, uma salsa…como nos velhos tempos.
A melhor hora do dia? Quando chego em casa e desacelero a mente, brincando com Isadora e Catarina.
Música para ouvir? Todas da Adele e Michael Buble
Frase? “Sei que para tudo há uma razão. Talvez na hora não tenhamos o discernimento nem a percepção para compreendê-la, porém, com tempo e paciência, ela acaba por se revelar”. (Brian Weiss)
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