Além de ser incômodo e constrangedor, o suor excessivo pode significar distúrbios na saúde, acometendo mãos, axilas, rosto, pés etc. Quem sofre de hiperidrose — desordem nas glândulas sudoríparas, que as faz “trabalhar” demais e causa transpiração muito além do normal — sabe que, na maioria das vezes, uma toalhinha não resolve.

E para quem busca uma alternativa à cirurgia para tratar o problema, a oxibutinina pode ser uma solução. A ingestão da substância em cápsulas bloqueia temporariamente a ação da glândula sudorípara, combatendo o suor excessivo temporariamente.

Mas, para dar início ao uso contínuo da substância, que atua no sistema de regulação da produção de suor, é necessário passar por uma consulta médica, que dará uma análise sobre a viabilidade do medicamento, que pode ser manipulado, adequando-se à situação de cada paciente. Isto permite uma maior personalização do tratamento, como afirma a empresária Simone Menezes, da Pharmapale, rede de farmácias de manipulação.

“Nos últimos anos, diversos estudos dão conta da eficácia e segurança do uso de medicamentos orais. Nesse particular, a oxibutinina tem se mostrado excelente opção, com estudos de segurança e eficácia realizados no Brasil e fora”, explica a dermatologista da Clínica Hosana Reis, Carolina Braga.

De acordo com a especialista, a doença, de caráter benigno é mais perceptível em mulheres, e pode ter caráter hereditário e ambiental. Ou seja, as condições climáticas podem influenciar significativamente na vida dos portadores de hiperidrose, a exemplo de quem vive em cidades do Maranhão, estado de clima predominantemente tropical.

O paciente deve estar ciente, também, de que, se o tratamento for interrompido, a transpiração excessiva acaba retornando. Ainda segundo Carolina Braga, “o tratamento com oxibutinina deve ser feito de maneira permanente, pois não cura o quadro clínico”. Paralelamente, “é importante sempre fazer o acompanhamento com o médico e a investigação de causas que possam se associar à hiperidrose e outras doenças que o paciente tenha”, segundo a dermatologista.

Vale apontar que a oxibutinina é uma droga anticolinérgica, ou seja, atua diminuindo a atuação de uma substância que transmite “estímulos nervosos” no corpo humano, não apenas para regulando a transpiração, mas também no controle da bexiga urinária, por exemplo.