APRESENTAÇÃO

Show Ayabás com a participação da cantora Lena Machado

Um clamor através da musicalidade. “Com canção também se luta. Estamos clamando o fim da intolerância religiosa que têm vitimado centenas de adeptos das religiões de matriz africana pelo Brasil afora”, declara o produtor cultural Raydenisson Sá, da Negro Axé Produções, que idealizou há pouco mais de um mês o ‎Show Ayabás com participações das […]

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Um clamor através da musicalidade. “Com canção também se luta. Estamos clamando o fim da intolerância religiosa que têm vitimado centenas de adeptos das religiões de matriz africana pelo Brasil afora”, declara o produtor cultural Raydenisson Sá, da Negro Axé Produções, que idealizou há pouco mais de um mês o ‎Show Ayabás com participações das cantoras Alexandra Nicolas, Célia Sampaio, Fátima Passarinho, Gisele Padilha, Lena Machado e Rosa Reis. O evento será hoje (13), a partir das 20h, no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol). A abertura será com a cantora Alessandra Loba e Banda Terreiro de Oyo.

Ayabás, significa “Rainha” e foi orquestrado para ser um canto de amor, fé, devoção e exaltação aos orixás femininos fortemente cultuados no Maranhão dentro das casas de cultos das religiões de matriz africana como o Tambor de Mina, Candomblé e Umbanda. O espetáculo irá festejar o 2º aniversário da produtora Negro Axé Produções e irá mesclar religião, música, dança e teatro para reverenciar as divindades africanas: Iemanjá, Nanã, Iansã, Oxum, Ewá e Obá. O show é, sobretudo um clamor social e cultural contra a intolerância religiosa.
As cantoras de renome e mulheres do axé Alexandra Nicolas, Célia Sampaio, Fátima Passarinho, Gisele Padilha, Lena Machado e Rosa Reis, foram convidadas para o momento de exaltação através dos búzios.
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“Festejar os dois anos da Negro Axé é ver que apesar de todas as dificuldades, principalmente financeiras, temos feito um bom trabalho pela valorização da música, por conseguinte do cantor(a) maranhense. O show Ayabás é um show de axé. Todas as cantoras foram aprovadas pelos búzios. Joguei todos os nomes. E todas as cantoras tem relação direta com os orixás femininos que estão cantando. Por exemplo, Célia Sampaio é filha de Iansã, Alexandra de Oxum, Lena de Iemanjá, só para citar alguns exemplos”, diz Raydenisson.

Cada cantora vai cantar duas músicas: uma de terreiro e outra popular. Algumas das canções foram feitas exclusivamente para o show, a exemplo de composições de Marco Duailibe e Paulinho Akomabu. “O show não foi pedido por minha religião. Eu decidi levar minha religião para teatro porque ainda sofremos muito com a intolerância religiosa”, justifica Raydenisson.
O que cada uma representará
Alexandra Nicolas vai cantar em louvor à sua mãe, Oxum. Oxum é um orixá feminino cultuada em todas as religiões afro-brasileiras. É o orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza. Em Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve sua denominação de “Senhora do Ouro”, que outrora era do Cobre, por ser o metal mais valioso da época.
Gisele Padilha irá cantar com louvor para a Ayabá Nanã. Nanã é a mais velha entre todos os Orixás. Sua atitude costuma ser severa, mas é determinada naquilo que se propõe a fazer. Também costuma agir sempre com rigor na hora de tomar decisões. Este Orixá oferece segurança e jamais aceita uma traição.
Célia Sampaio cantará para Ayabá Iansã, sua mãe. Iansã é o orixá dos ventos e dos raios, a deusa que comanda as tempestades e também o espírito dos mortos. Orixá guerreira, Oyá esposa amada de Xangô, recebe dele o título de Iansã que faz referência ao entardecer, que pode ser traduzido como “a mãe do céu rosado” ou a “mãe do entardecer”.
A cantora Lena Machado irá reverenciar a Ayabá Iemanjá. Iemanjá, é um dos orixás mais cultuados no Brasil. Consagrada como Rainha das águas e mares. Iemanjá é força da natureza. Ela é o próprio equilíbrio.
Rosa Reis irá cantar pra Ayabá Obá. Obá é ligado à água, guerreira e pouco feminina. É um orixá que raramente se manifesta. É a mulher consciente do seu poder, que luta e reivindica os seus direitos, que enfrenta qualquer homem – menos aquele que tomar o seu coração. Ela abraça qualquer causa, mas rende-se a uma paixão.
Fátima Passarinho vai saudar a Ayabá Ewá. Ela é o Orixá da beleza e dos mistérios, senhora do céu estrelado, rainha do cosmo. Hábil caçadora, Ewá está relacionada à mata, à água, e ao ar, é a deusa dos rios e lagos, do céu cor-de-rosa, das florestas inexploradas. Ewá está nos lugares que o homem não alcança, onde só a natureza e os deuses se manifestam.
Os ingressos estão disponíveis na Loja Ponto Branco(Cajazeiras), Salão Afro Zindze(na Praia Grande) e na Bilheteria do Teatro Arthur Azevedo
Abertura
A cantora Alessandra Loba e o grupo Terreiro de Oyo fará o pocket show Mulheres em Ponto, na abertura do Show Ayabás. Segundo ela, o repertório apresenta pequenas doutrinas voltadas a entidades femininas como: Pombagiras, Cabocla Jurema, Cabocla Ita, Vovó Lucinda. “E uma breve referência ao Baião de Princesas, trabalho do grupo A Barca, junto a Família Menezes da Casa Fanti Ashanti. Espero todos lá”, convida.
Nanã
A cantora Gisele Padilha irá interpretar composição inédita de Paulinho Akomabu composta exclusiva para o ?show.
Iansã
Célia Sampaio vai representar Iansã com a canção o Vento Bom de Iansã
Oxum
Alexandra Nicolas vai cantar em louvor ao orixá feminino Oxum, sua mãe.
Iemanjá
A cantora Lena Machado irá reverenciar Iemanjá.
Obá
Rosa Reis irá cantar pra Ayabá Obá.
Ewá
Fátima Passarinho vai saudar Ewá, orixá da beleza.
Banda
João Eudes – violão
Ruy Mário – Acordeon e teclado
Davi Oliveira. – Baixo
Rogerio – Percussão
Alex – Percussão
Eliezer Ajayo – Percussão
Junior Almeida – Percussão
Wanderson Silva – Percussão, cavaquinho e direção musical.
SERVIÇO
O quê? Show Ayabás
Quando? Hoje (13), às 20h
Onde? Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol)
Quanto? R$20
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