Dona de muitos sucessos, como Canto das Três Raças, Morena de Angola, Conto de Areia e O Mar Serenou, entre outros, e considerada a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, Clara Nunes completaria 73 anos nesta quarta, 12.
Até 1965, Clara morou em Belo Horizonte, depois foi para o Rio, onde cantava boleros em programas de TV, como os de José Messias Chacrinha, Almoço com as Estrelas, e também em casas noturnas e clubes.
Somente sete anos depois, ela firmaria sua identidade como sambista com o disco Clara Clarice Clara, faixa-título composta por Caetano Veloso e Capinam.
De suas pesquisas sobre a música popular brasileira, seus ritmos e seu folclore, suas danças e tradições afro-brasileiras, veio a sua conversão à umbanda, fé que ela reverenciou até mesmo em sua arte e suas roupas. Filha de Ogum com Iansã, a carismática, intuitiva e mediúnica cantora inspirou a biografia Clara Nunes – Guerreira da Utopia, de 2007, escrita pelo jornalista Vagner Fernandes.
Ao morrer, aos 40 anos, Clara Nunes estava no auge e consagrada, tendo vendido mais quatro milhões de discos e lançado álbuns clássicos como Claridade, 1975; Canto das Três Raças, 1976; Guerreira, 1978; Brasil Mestiço, 1980; e Nação, 1982.