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Série derivada de “Como treinar o seu dragão” disponível na TV e no celular

Como nos filmes, a série é sobre a amizade dos vikings da cidade de Berk com os dragões que antes os aterrorizava

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Sessenta e dois milhões de habitantes do planeta são assinantes do Netflix. Metade deles, 31 millhões, assiste a títulos infantis. Ou seja, são crianças, pais e amigos que veem (e reveem) filmes, seriados, novelinhas. Vinte e três destes títulos são séries originais, produzidas pelo canal de streaming especialmente para o filão família. Dragões: Corrida até o limite é uma delas. Parceria do Netflix com o estúdio Dreamworks, o título é derivado de Como treinar seu dragão 1 (2010) e 2 (2014) – o terceiro filme será lançado em junho de 2017.

A sequência – lançada no Festival de Cannes do ano passado – levou 1,09 milhão de brasileiros às salas de cinema no fim de semana de estreia. E em plena Copa do Mundo. A base maciça de seguidores – e as expectativas que eles criam – não intimida os produtores dos 13 episódios que entraram no Netflix nesta semana. “Eles vão adorar”, garantiu o showrunner Art Brown, em São Paulo.
Como nos filmes, a série é sobre a amizade dos vikings da cidade de Berk com os dragões que antes os aterrorizavam. E vice-versa. “Voltamos a Berk cerca de um ano e meio antes do segundo filme. Revelamos o que aconteceu nesse tempo. Veremos histórias reais, de vida, amor, inseguranças”, antecipa Brown. Efeitos visuais, explosões e dragões à parte, o protagonista cresce e quer ver o mundo além do arquipélago onde mora. Quem nunca? (A jornalista viajou a convite do Netflix).
Entrevista >> Art Brown
Os 13 episódios de Dragões: Corrida até o limite fazem parte de uma franquia épica. Explica em que momento, tendo como referêcia Como treinar seu dragão, é ambientada a série?
Voltamos a Berk cerca de um ano e meio a ntes do segundo filme. Eles estão mais velhos. E conseguimos preencher a lacuna do que aconteceu nesse meio tempo. Soluço está adolescente agora, enfrentando problemas completamente diferentes de quando era criança. E mesmo que eles vivam em um arquipélago imaginário, os problemas são reais. Queremos tocar pessoas e isso nos faz muito bem. São dragões, ok, mas as histórias são de vida real, amor, inseguranças.
O filme termina com Soluço querendo explorar o mundo…
É um desejo que queima nele: ir além do arquipélago. E eles encontram o que chamamos de Olho do do Dragão. É um objeto que responde diferentemente a cada tipo ou raça de dragão, apresentando informações diferentes. É como se um mundo novo se abrisse…
 
Como treinar seu dragão tem fãs fervorosos. Você se sente pressionado a fazê-los amar Dragões: Corrida até o limite?
Eles vão adorar o show. Fazemos coisas no seriado que não conseguimos nos filmes. O longa tem 90 minutos. Na série podemos desenvolver outros personagens. E aprofundamos mais até mesmo a relação entre Banguela e Soluço. Veremos mais de Dagur, o vilão. Que inclusive passará por reviravolta legal. Também focamos nos mais novos, que nunca viram os filmes. Eles entenderão tudo, pois vamos à origem da série, como as invenções de Soluço foram criadas, testadas, aprimoradas. Como Estoico e Gobber encontraram seus dragões. Veremos coisas que nunca foram feitas na TV antes…
Como o quê?
A cada episódio levamos um desafio ao departamento de efeitos especiais.
Astrid é uma personagem muito forte. Teremos mais garotas como ela em Dragões: Corrida até o limite?
Há pelo menos dois personagens femininos bem fortes chegando e isso foi muito intencional. A ideia é atrair uma audiência de garotas, mas de uma maneira que elas se sintam poderosas. Veja, todos os derivados de Como treinar têm de ter: ação, comédia e coração. A primeira pergunta que sempre nos fazemos é: “Que história é essa?” Não estou falando de roteiro, mas de mensagem.
O relacionamento de Soluço e Bangela lembra muito o de um cão com seu dono. É intecional?
Sou um superfã de cachorros. Trabalho no resgate deles. E a relação de Soluço e Bangela, no fundo, é um resgate. Os dois se salvaram. Se você ama um cachorro, você não o trata como um membro da família? E é assim entre eles. Eu falo com meu cachorro, poxa!
A inclusão promovida pelo fato de Soluço não ter um pé e Bangela não ter parte da cauda é tocante. Como vocês pensam em trabalhar isso na série?
Os vikings não têm a mesma relação que nós com a morte. Para eles, os ferimentos são como medalhas de honra. Então, Soluço ou Bangela não são tratados de maneira diferente dos outros. No primeiro episódio, fazemos piada com isso. A perna de Soluço fica presa em uma armadilha e ele disse algo como “ainda bem que não tenho pé”. Queremos empoderar crianças diferentes.
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