PROBLEMAS

Pesquisa britânica diz que estar na estrada nem sempre é divertido

Mais de 70% dos músicos enxergam a estrada como um problema

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Digão, dos Raimundos: "Já passei por problemas oriundos dessa loucura. O estresse a que somos submetidos nos leva a superar limites. E, às vezes, a não superá-los"

Quando Zayn Malik deixou o One Direction em plena turnê na Ásia, muitos foram os motivos especulados para entender a saída do jovem cantor. O galã e ex-integrante da boy band quebrou o coração de milhões de fãs por razões desconhecidas a quem estava do lado de fora dos palcos. “Estou saindo porque quero a vida normal de um garoto de 22 anos, relaxar e ter privacidade”, desabafou Zayn. Tabloides especulam, numa informação não confirmada pelo grupo, que o rapaz deixou a banda por estar esgotado após cinco anos na estrada. Fardo que, para um jovem na casa dos 20 e poucos anos, seria praticamente impossível de carregar.

O exemplo de Zayn ilustra pesquisa divulgada recentemente pelo instituto britânico Help Musicians, o estudo ajuda a entender os transtornos aos quais muitos músicos passam diariamente enquanto estão em turnê. Segundo o estudo, cerca de 71% dos artistas viam a estrada como um problema. Algo em torno de 60% têm depressão quando estão longe de casa. Uma realidade muito distante da excitação que os domina quando estão sob os holofotes.
Há quem imagine a vida de um roqueiro cheia de glórias. A estrada foi retratada como um momento divertido em muitas produções da tevê e do cinema. Não é sempre assim. “Tudo que é mostrado, principalmente na tevê ou no cinema, dificilmente consegue ser fiel à realidade. Claro que temos momentos de glamour, mas 90% é ralação e 10%, glamour! São horas viajando, noites maldormidas, shows complicados e dias sem a família”, afirma Digão, há 20 anos percorrendo rodovias do Brasil e do mundo com os Raimundos.
Apenas este mês, o grupo se apresentará por 10 cidades em cinco estados. “Já passei por problemas oriundos dessa loucura. O estresse a que somos submetidos nos leva a superar limites. E, às vezes, a não superá-los…”, comenta o vocalista da banda formada em Brasília em 1987.
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