Polêmica

Livro Grey traz polêmica de “Cinquenta tons de cinza” de volta

Narrativa é apresentada do ponto de vista de outro personagem

O sedutor Christian Grey, vivido por Jamie Dornan nos cinemas, é o narrador na nova obra da saga

Muitas histórias seriam completamente diferentes se fossem contadas do ponto de vista de outro personagem. Já pensou se Dom Casmurro, de Machado de Assis, fosse narrado por Capitu ao invés de Bentinho? Talvez algumas perguntas do clássico romance fossem, finalmente, respondidas.

Com essa concepção de narrar uma história sob outro ponto de vista, revelar as tramas “não contadas” por trás de Cinquenta tons de cinza e manter a franquia em alta, a escritora britânica E L Lames decidiu escrever Grey: Cinquenta tons de cinza pelos olhos de Christian, uma versão da triologia, sob a perspectiva milionário. A obra foi lançada no último dia 18 nos Estados Unidos, data de aniversário do personagem nos livros. Já a versão traduzida chega ao Brasil em 18 de setembro.
A saga original do best-seller, que consiste em três livros, é contada pela jovem Anastasia Steele, que, durante uma entrevista, fica encantada pelo empresário Christian Grey. Apaixonado, o milionário quer viver um romance com a estudante e, partir daí, ela precisa decidir se quer participar das fantasias amorosas do sedutor.
E L James revelou, pelas redes sociais, que a ideia de escrever o livro veio de um pedido dos fãs. “Christian é um personagem complexo que sempre instigou a curiosidade do público por seu passado turbulento e gostos sexuais peculiares”, afirma. A nova obra expõe os pensamentos, as reflexões e os sonhos do empresário.
“Acho que é um recurso que não é muito comum na literatura. Mas é sempre um aspecto interessante porque pode inverter as relações de poder do narrador e recontam uma história”, explica Raquel Parrine, professora do Departamento de Teoria Literária e Literatura da Universidade de Brasília (UnB).
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