NA COZINHA

Alta variedade de programas culinários estimula até os mais inexperientes a encarar o forno e o fogão

Especialista garante que é possível fazer receitas diversas acompanhando a grade gastronômica

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Na grade das emissoras de tevê, os programas de gastronomia se multiplicam. E com uma variedade impressionante: comida orgânica, vegetariana, refinada, para solteiros, crianças, senhoras…. Sem contar as disputas gastronômicas — em que chefs e amadores tentam conquistar o paladar dos jurados e premiações como dinheiro e bolsas de estudo em escolas badaladas. Tem opções para todos os gostos. Um cardápio que pode — e deve — ser muito bem explorado pelos telespectadores.

“Estamos vivendo um boom da gastronomia, seja por hobby seja por profissão. A televisão motiva nesse sentido, mas não o suficiente para uma pessoa durar no curso de gastronomia, por exemplo. O papel negativo desses programas é que eles não mostram a realidade da cozinha, que é um local quente e de pressão”, avalia Thiago Brandão, coordenador dos cursos técnicos de gastronomia do Iesb.
Com os planos profissionais focados na publicidade, a universitária Amanda Ávila, 20 anos, acompanha os programas sem pensar em glamour. Quer se divertir e, no máximo, escolher um prato que possa fazer despretensiosamente. “Qualquer canal em que você liga tem programas de culinária. Adoro um monte deles. Os de competição dão muitas dicas. Cozinhar é algo de que gosto, mas não acho que sou muito boa. Por isso, as dicas são sempre bem-vindas, ajudam muito no dia a dia”, diz.
Amanda prepara com a irmã mais nova, Isabela Ávila, 14, receitas de seus programas preferidos: “Nós duas gostamos de cozinhar. Nas férias, fazemos receitas de programas e, de vez em quando, preparamos um almoço ou um jantar com elas. Chamamos minha avó e ela sempre gosta do que preparamos”, orgulha-se. Entre os pratos feitos pela dupla, estão um frango temperado com ervas, uma torta de doce leite e até um almoço completo, sendo que o prato principal — risoto com requeijão e linguiça — veio do Chef a Domicílio (Discovery Home and Health), e a entrada — bruschettas — do Mais Você (Rede Globo).
Algumas receitas geram tanta repercussão que viram meme na internet. É o caso do churrasco de melancia apresentado no programa Bela Cozinha (GNT). O prato proposto por Bela Gil virou piada após ser reproduzido por um colaborador do site de notícias e entretenimento BuzzFeed. Foi definindo assim: “O gosto não é doce, não é salgado nem agridoce. É um gosto de estragado”.
O professor Thiago Brandão conta que o que vale nesses programas é a possibilidade de ensinar receitas: “Alguns fazem isso, outros não. Há os que dão informações interessantes e embasamento para que você reproduza em casa. A Bela Gil, apesar de toda a polêmica, realmente explica. Por isso, recomendo o programa dela; ensina de forma correta, com muita didática”, analisa.
Além da telinha
Os canais de televisão não conseguem mais conter a fome dos telespectadores pelo mundo da culinária. No YouTube, a febre de vlogs, blogs em forma de vídeos, encontrou na cozinha o lugar certo para prender espectadores. “Vejo infinitos canais. Acho bem divertido. Você acaba se afeiçoando muito aos vlogueiros”, conta Andressa Novais, 23 anos.
Entre os preferidos da publicitária, estão o de Dani Noce e o Rolê Gourmet. “Acredito que o motivo de assistir mais aos vlogs do que aos programas de tevê se deve ao fato de o conteúdo na internet estar disponível à hora que eu quiser”, complementa.
Andressa tem preferência por canais com receitas rápidas e fáceis, como a do Danette caseiro, que ela aprendeu no canal do Receitas de Minuto. Na hora de preparar um prato, a praticidade também é valorizada. “Reproduzo receitas que parecem gostosas e que eu já tenha os ingredientes em casa.
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