ENTREVISTA

Odair José comenta nova fase da carreira e recorda bastidores

O artista contou ao Correio mais sobre quatro hits, que ajudaram a moldar a música popular brasileira

Foto: Reprodução da Internet.


Reprodução da Internet

Goiano admite tomar as rédeas da carreira e, no novo projeto, apresenta som autoral inspirado em roqueiros como AC/DC, Beatles e Bob Dylan

Em 1972, ele já havia dito que queria ser John Lennon. No entanto, foram necessários 43 anos e 32 discos para o goiano Odair José, enfim, gravar um álbum em que exercita a veia roqueira em toda a plenitude. No projeto, batizado de Dia 16, inspirações não faltaram — dos garotos de Liverpool a Bob Dylan, nomes com presença constante no repertório pessoal do músico.

Em entrevista ao Correio, o cantor, legítimo representante da música brega e romântica, alega que sempre deu sinais da verdadeira vocação musical. “Desde a década de 1970 faço shows com uma guitarra no pescoço e com mais três caras, como uma banda de garagem”, define.
Cultuado por cantores e bandas dos mais variados gêneros — de Caetano Veloso a Los Hermanos — e matéria-prima para o musical Eu vou tirar você desse lugar — As canções de Odair José (dirigido por Sérgio Maggio), ele se orgulha das mais de 400 composições que assina.
“Algumas foram feitas há quase 60 anos. Alegra-me perceber que elas mantiveram-se atuais, que se comunicam com a sociedade. Eu me considero um repórter musical e quando uma música faz tamanho sucesso, me sinto como um jornalista que ganha um prêmio”, compara.
Gravado num estúdio analógico, sem grandes pretensões e lançado pelo selo Sarará, de Zeca Baleiro, Dia 16 demonstra rupturas sonoras. Entretanto, o goiano avalia o novo projeto como a continuidade de um estilo que adota desde 1978, mas que foi apagado ao sucumbir a imposições de grandes gravadoras.
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