Lenda do Blues

O artista B.B. King ficará marcado por ser um dos mais influentes do blues

Após uma batalha de mais de duas décadas contra o diabetes, ele morreu aos 89 anos, em Las Vegas

Após uma batalha de mais de duas décadas contra o diabetes, ele morreu aos 89 anos, em Las Vegas
Riley Ben King, mais conhecido como B.B. King, se despediu da vida na madrugada de quinta para sexta, aos 89 anos, em Las Vegas. O músico, reverenciado como um dos maiores embaixadores do blues, sofria vários problemas de saúde — entre eles, o diabetes tipo II, contra a qual batalhava há mais de 20 anos. Nos últimos meses, as crises estavam forçando o guitarrista a cancelar shows e se internar (no começo de abril, ele passou quatro dias hospitalizado devido a uma desidratação, também complicação da diabetes). A filha de B.B. King, Patty, chegou a acusar o empresário do músico, Laverne Toney, de negligência e abuso, afirmando que Laverne estaria se recusando a procurar tratamento médico apropriado para o pai dela.
Apesar dos problemas de saúde e da imagem debilitada deixada em suas últimas semanas de vida, o guitarrista, nascido em Itta Bena, no Mississippi (EUA), em 1925, ficará marcado por ser um dos mais influentes da história do blues e por ser extremamente prolífico. Ele lançou mais de 40 álbuns de estúdio e continuou fazendo uma grande quantidade de shows e turnês até o fim da carreira. Chegou a fazer em média 250 shows por ano.
Antes de todo o reconhecimento, no entanto, Riley teve que superar uma infância triste, com o divórcio dos pais e a morte da mãe, quando ele tinha apenas 9 anos. O primeiro contato com o blues aconteceu ainda jovem, nas plantações de algodão em que trabalhava. “Os primeiros sons de blues (tristeza) que me recordo são os das pessoas trabalhando naquelas plantações. Hoje, quando canto ou toco, ainda consigo escutar aqueles sons”, recordou, em entrevista de 1988 para a publicação Contemporary musicians.
As primeiras experiências musicais aconteceram na igreja, onde Riley cantava gospel, mas não era permitido ter contato com o blues, considerado “música do diabo”.
A carreira começou a decolar em 1948, após ele se mudar para Memphis, tradicional destino para músicos sulistas afro-americanos de blues. Lá, ele recebeu uma oportunidade de se apresentar no programa de rádio do também músico Sonny Boy Williamson. Suas habilidades agradaram tanto que, posteriormente, ele ganhou seu próprio segmento em outra rádio de Memphis. Com duração de 10 minutos, o programa King’s spot se tornou bastante popular na região, transformando Riley Ben King em Blues Boy King, ou, simplesmente, B.B. King, um nome mais amigável para a rádio.
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