O saxofonista e compositor americano Bob Belden morreu na quarta-feira em Nova York aos 58 anos, depois de sofrer um ataque cardíaco, informou a gravadora Blue Note Records.
Em fevereiro, Belden se tornou o primeiro músico americano a tocar a se apresentar no Irã desde a revolução islâmica de 1979, com a aprovação do governo e em um momento de menor tensão entre Washington e Teerã.
Belden, que recebeu três prêmios Grammy na carreira, era considerado um especialista na obra de Miles Davis. Ele coordenou as reedições dos álbuns do mestre.
Ele era um defensor da experimentação constante no jazz. Em 2008, Belden reuniu importantes músicos de jazz e da Índia para gravar “Miles from India”, com participações de artistas como o pianista Chick Corea ou o indiano Kala Ramnath. Fez algo parecido com artistas da música flamenca para o álbum “Miles Espanol (New Sketches of Spain)”.
Com um alcance mais popular, Belden também produziu álbuns de jazz com músicas de grandes astros pop, incluindo Sting e Prince. Em um álbum que virou um objeto cobiçado pelos colecionadores, Belden produziu uma versão jazz de “Turandot” de Puccini.
A venda foi bloqueada supostamente pelas objeções dos herdeiros do compositor, mas uma quantidade limitada da edição japonesa chegou às lojas. O trabalho original mais conhecido de Belden é “Black Dahlia”, de 2001, sobre o assassinato em 1947 de Elizabeth Short, de 22 anos, em Los Angeles, que inspirou vários livros, incluindo ‘Dália Negra’, de James Ellroy, história que foi adaptada para o cinema.