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Mariana Ximenes roda filme em Brasília declara amor pelo cinema

Atriz está no elenco de Depois de você, de Marcus Ligocki

Distribuição de cinema, no Brasil, é algo tão complicado, a ponto de a atriz Mariana Ximenes estar acostumada com uma situação esquisita. Entra e sai de set de filmagem, mas não se vê nas telas. “Me perguntam: ‘O que você está fazendo?’. Respondo: Outro filme, mas nenhum saiu ainda (risos)”. Uma condição de privilégio, porém, tem aproximado a atriz do cinema: no último ano, cinco produções a mais fortaleceram a filmografia. Admiradora de estrelas completas como Cate Blanchett, Tilda Swinton e Fernanda Montenegro, Mariana tem sido assídua na aprendizagem da sétima arte. “Numa planilha, coloco em forma de gráfico, o estado emocional de cada cena. Tenho um caderno para a personagem”, explica ela, que está em Brasília, novamente por causa de cinema. Numa produção parruda, Depois de você, encabeça a comédia que marca a estreia do diretor Marcus Ligocki.
Na cidade há uma semana, ela dá continuidade ao processo da fita ensaiada há pouco mais de mês no Rio de Janeiro. “Quando chega no cenário, o jogo é outro… As possibilidades aumentam”, comemora. Ainda fora de cena, o ambiente dos jardins de Burle Marx, a estética de Athos Bulcão e as curvas Niemeyer, ao lado do planejamento da cidade, estimulam a Mariana Ximenes cidadã. Depois de peças, da minissérie JK e da apresentação de homenagem ao deputado Ulysses Guimarães, ela se diz interessada por política e arquitetura. “A gente lê muito sobre Brasília, teoricamente, mas quando conhece, in loco, é diferente. A
arquitetura é muito bonita, é bem especial”, diz.
Beleza, uma qualidade inerente a Mariana Ximenes, amplia-se naturalmente numa conversa com ela. “Eu comecei a trabalhar muito jovem, com 15 anos, e estou com 34. Já cresci com essa questão (da beleza) na minha vida. É por isso que gosto da minha privacidade e da minha identidade”, pontua. Curioso é que, no cinema, os papéis mais recentes a coloquem em postura de mulher preterida. “No filme do Ligocki, farei a Lúcia, mulher de um candidato que, de repente, percebe que o marido está em busca de um casamento com a política, e não com ela. Lúcia vai em busca do casamento com ela mesma, numa busca individual”, comenta.
Noutro longa, Mãos de cavalo (adaptado de livro de Daniel Galera), ela é a mulher casada que quer ter filhos, enquanto o marido quer mesmo é escalar montanha. Entre altos e baixos, Depois de você trará leve colorido político. Os deslocamentos dela, pela capital, coincidiram com as manifestações contra o governo. “Está bem complicada a situação do Brasil, né? (risos). Há uma onda de violência, de corrupção”, lamenta sem querer entrar no assunto.
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