NOVA ONDA

Fenômeno no exterior, literatura young adult tem representantes brasileiros

No Brasil, nomes como Thalita Rebouças e Paula Pimenta são os destaques. Em dois meses, as autoras lançarão o primeiro livro em parceria

O sucesso da película A culpa é das estrelas, dirigida por Josh Boone, ainda hoje repercute nas vendas do best-seller homônimo de John Green, queridinho pelo público young adult (jovem adulto, em tradução literal). Com 6,2 milhões de espectadores, o longa foi o mais assistido do ano passado. O diretor e o autor americano não foram os únicos a perceber a potência desse nicho literário e, num cenário em que estrangeiros predominam, escritoras brasileiras também se sobressaem.
A carioca Thalita Rebouças e a mineira Paula Pimenta são antigas conhecidas dos leitores desse filão, que agrupa adolescentes e jovens dos 13 aos 18 anos. Juntas, venderam quase 2,5 milhões de exemplares em obras traduzidas para inglês e espanhol. Marca expressiva no Brasil, que amarga a oitava posição no ranking de analfabetos adultos, atrás de países como a Nigéria e a Etiópia, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). Um dos motivos para essa forte presença no mercado editorial é o fenômeno conhecido por crossover, quando um livro pode ser lido tanto por adultos quanto por adolescentes.
Ao se debruçar sobre um novo projeto, Thalita garante não seguir moldes ou fórmulas literárias pré-programadas. Ela afirma não pensar como um adolescente no momento da escrita. “Escrevo o que gostaria de ler. Já fiz um livro para adultos, mas nunca distingui minhas obras por quem as acompanha. Meu objetivo é fazer rir, e isso independe de idade”, garante a carioca de 40 anos. A mineira Paula Pimenta segue uma filosofia semelhante. “Procuro criar protagonistas com personalidades diferentes e também criar conflitos que ainda não tenham sido abordados em outras histórias”, acrescenta a autora de Cinderela Pop, que tem figurado na lista dos livros de ficção mais vendidos do Brasil.
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