PAGODE

Cantor Péricles lança o terceiro disco da carreira solo ‘Feito pra durar’

O álbum tem participação de Thiaguinho e Hellen Caroline

Péricles

Depois de anos sem gravar um trabalho só com novidades, Péricles lança Feito pra durar, terceiro álbum da carreira solo. Entre as músicas inéditas, há composições de Délcio Luiz e Claudemir, e uma inusitada parceria de Thiaguinho com Luiza Possi. “Na verdade, nunca deixei de mostrar novas canções. Adoro a atmosfera do ao vivo, mas sentia a falta da elaboração de um CD de estúdio. Foram quatro DVDs com o Exaltasamba e dois solo. Para mim, tudo é novo”, diz o cantor paulista. “Quando escolhemos o repertório, o critério não é o compositor. A faixa-título entrou porque o Thiaguinho mandou e achamos que ela tinha a cara do disco”.

Outra composição que surpreendeu ao ser selecionada foi É quente, de Lucas Morato, filho de Péricles. “Assim como aconteceu em Feito pra durar, ouvimos a canção e gostamos, sem saber quem tinha feito. Já no estúdio o Lucas falou: ‘ei! Essa música é minha’”, conta. “A letra diz: ‘Tô notando o meu guarda roupa cada vez menor/E um aumento significante na conta de luz/No café da manhã tá rolando tudo natural/Você fez minha vida maluca ficar mais legal’. Tem uma pegada mais romântica. É para dançar agarradinho”, destaca.
Aliás, o romantismo dita o ritmo do CD. “É algo mais dolente. Eu flerto com o jeito mais americano de cantar, usando a blue note. Mas não deixa de ter o sambinha gostoso. As pessoas vão sentir que é um projeto feito com muito carinho”. Péricles, que tem como referências vários artistas do R&B, como Stevie Wonder, deixa nítida essa influência nas faixas À deriva, Melhor eu ir e Dois rivais — a última, com participação especial de Hellen Caroline.
De forró a Schubert
Um dos destaques do repertório é Querendo futicar, composição mais animada e que traz a mistura de samba com forró. “Adoro o gênero, que também me influencia muito. Ouço muito Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga e Genival Lacerda, que é meu amigo pessoal. Algumas pessoas insistem na divisão, assim como fazem com o samba e com o pagode, mas não tem porquê. Os vários estilos da música brasileira se comunicam e estão entrelaçados”.
 
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