ARTE

A fotógrafa Débora Santalucia mostra 10 mulheres grávidas, em diferentes momentos, na exposição individual Mães

A exposição Mães, de Débora Santalucia, revela a beleza da gravidez de 10 mulheres

FOTOS
Tudo começa ali, no ventre. Após a fecundação, a futura mamãe se vê às voltas com um serzinho sendo gerado na sua barriga e dia após dia, crescendo, mexendo, emocionando. Muito mais comum do que se pode imaginar são as mamães registrando esse momento ímpar na vida da mulher para que quando o bebê nasça saiba onde estava antes de vir ao mundo. Registrar em imagens uma gestação é prolongar os 9 meses em que o bebê foi gestado. É olhar para a imagem e reviver toda uma espera que agora com o bebê no colo, se faz presente. 
Até o dia 31 de maio a gravidez de 10 mulheres estarão expostas em 34 fotografias feitas pela fotógrafa Débora Santalucia na exposição individual Mães. A mostra ficará no espaço DNA Natural (Galeria Windows Open Mall) na Avenida dos Holandeses e homenageia o Dia das Mães e reúne imagens que retratam com delicadeza e leveza essa fase tão especial na vida de uma mãe.
Essa é a segunda exposição individual da artista, que já realizou dez exposições coletivas dentro do Clube Poesia do Olhar. A primeira exposição foi com a temática infantil Ser Criança.
“Quando comecei a fotografar profissionalmente já sabia que queria fazer imagens de pessoas. Comecei com crianças e o trabalho com as grávidas foi me seduzindo a tal ponto que hoje considero meu foco, e para o qual tenho sido sempre solicitada. Faço esse trabalho desde a gestação até o parto e é algo bastante prazeroso”, afirma Débora.
grávida

As fotografias já faziam parte do acervo da artista. Para selecionar as que foram expostas deu muito trabalho, mas o olhar apurado significou bastante. A arte de fotografar e captar a áurea e energia disponível no momento do click é muito importante. “Sou apaixonada por fotografia de família, me esforço para extrair tudo de forma delicada, espontânea e divertida. Tem grávidas muito tímidas então vou conversando, falando sobre o bebê e a emoção vai fluindo naturalmente. Falar de amor, da expectativa pela espera, da emoção de estar gerando um bebê são coisas que ajudam a relaxar e quando a grávida vê as fotos enquanto estou tirando a emoção vai surgindo. Em cada fotografia, a minha alegria e minha paixão em registrar momentos especiais na vida de cada grávida, a alegre espera pela chegada do bebê”, avalia a fotógrafa.

Para a dermatologista Daniella Spinato, uma das fotografadas, o momento é muito importante e necessita ser registrado. Ela tem outras duas filhas, Lara (4) e Marina (2) e está próximo de dar a luz à Ivan, que foi fotografado no sétimo mês de gestação de Daniella.
grávida
“Acho que é ser mãe é uma bênção. Poder educar, orientar no caminho do bem, conduzir a criança. É uma dádiva. Família é tudo. E como eu fiz ensaio da gravidez das minhas outras filhas, fiz também do Ivan que deve nascer na semana que vem”, declara Daniella.
“Ser mãe é a ‘aventura’ mais divina que Deus nos presenteou. É um amor desmedido, ilimitado, infinitamente infinito!!!”. A bailarina Olinda Saul fala com orgulho dos filhos que tem: Alicia e Mikael. É uma grande felicidade porque são filhos/mãe! Eles cuidam de mim. São amorosos e parceiros comigo”, vibra.
Alicia está seguindo os passos da mãe. Qual mãe não se orgulha de ver seu talento sendo perpetuado? “Ela é bailarina!!! Ser mãe de uma bailarina é um sonho para uma mãe bailarina!!! Ser Mãestra então é inenarrável (risos)”.
Bailarina desde pequena sob o olhar atento da mãe, com 13 anos Alicia começou a carreira profissional. Segundo ela o diretor da Cia Brasileira de Ballet, Jorge Teixeira, a viu dançando na Semana Maranhense de Dança o grand pas de deux Chama de Paris que a mãe dela havia remontado. O convite para dançar na Cia surgiu ali. Quando chegou ao Rio de Janeiro já na mesma semana dançou O Lago dos Cisnes.
Fiz 16 anos mês passado. Ano passado ganhei o posto de solista da Cia e fiz meu primeiro papel principal no ballet O Quebra Nozes, com o grand pas da Fada Açucarada e amanhã faço o papel principal do ballet Paquita, estreia do ballet na nossa Cia. “Toda minha influência é da minha mãe. Ela é o meu grande incentivo e minha grande mestra. Eu me sinto muito realizada e feliz por seguir os passos dela. Essa é minha vocação e é o que eu amo fazer”, declara.
Sobre a mãe Alicia se derrete em elogios. “Acho a minha mãe uma heroína. Não é fácil fazer arte no Brasil e no Maranhão então é quase impossível. Mas hoje nós estamos comemorando 30 anos do Ballet Olinda Saul. São trinta anos que minha mãe conseguiu mostrar a dança clássica para o Maranhão, inclusive exportando bailarinos para o Brasil e para o mundo”, afirma.
SERVIÇO
O quê? Exposição Mães, de Débora Santalucia
Quando? Até o dia 31 de maio, das 9h às 22h
Onde? Espaço DNA Natural (Galeria Windows Open Mall – Avenida dos Holandeses)
Quanto? Aberto ao público
 
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