Exposição

56ª edição da Bienal de Arte de Veneza já pode ser considerada histórica

Este ano, o evento, em cartaz até o fim de novembro, tem como proposta olhar para o passado para compreender os problemas globais que assombram a sociedade contemporânea

Criada em 1895, a Bienal de Arte de Veneza começou modesta, com apenas um pavilhão e sem representações nacionais. Cresceu aos poucos e ganhou espaço como uma das mais relevantes coletivas internacionais de arte do mundo. Hoje, ao completar 120 anos, a mais antiga das bienais ocupa 30 pavilhões e transforma Veneza em um palco para artistas do mundo inteiro. Não é só a mostra oficial que atrai as atenções. Igrejas, galerias, teatros e museus consagrados como o Palácio Grassi, com a coleção François Pinault, e o Palazzo Venier dei Leoni, sede da Fundação Gugenheim na cidade, abrigam 44 exposições paralelas que agitam a cidade.
Com os olhos para o presente, Bienal de Arte de Veneza traz obras de 136 artistas e reflete sobre os problemas contemporâneos
Este ano, a 56 ª Bienal de Arte de Veneza , em cartaz até o fim de novembro, tem como proposta olhar para o passado para compreender os problemas globais que assombram a sociedade contemporânea.
Com o tema Todos os futuros do mundo, o curador nigeriano Okwui Enwezor reuniu 136 artistas e 89 representações nacionais em uma mostra que pretende empregar a trajetória histórica do evento como “um filtro por meio do qual será possível refletir sobre o ‘estado das coisas’ e a ‘aparência das coisas’”.
“Todos os futuros do mundo vai tomar o presente ‘estado das coisas’ como base para um projeto denso, incansável e explorador que será ancorado no campo dialético das referências e disciplinas artísticas”, declarou o curador, que também é crítico de arte. Entre os artistas convidados da mostra principal, há apenas uma brasileira, a mineira Sonia Gomes. Já o Pavilhão do Brasil, que faz parte das representações nacionais, levou à cidade italiana artistas como Antonio Manuel, Berna Reale e André Komatsu.
África em alta
Essa é a primeira vez que a Bienal de Veneza tem à frente um curador africano. Também é o maior contingente de artistas negros já convidados: 36, no total. Dividida em três segmentos, a exposição terá espaço para performances que reflitam sobre a ideia de permanência e efemeridade, assim como um módulo intitulado Jardim da desordem, no qual a própria trajetória história da bienal serve de metáfora para explorar o que Enwezor chama de atual “estado das coisas”. Aqui, entram, principalmente, a desordem na geopolítica, no meio ambiente e na economia.
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