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Seis autoras brasileiras para enriquecer o seu repertório para a redação

Nas redações dissertativas-argumentativas, a utilização de repertório externo e relevante à temática é crucial para a argumentação e o projeto de texto, contribuindo para uma boa nota nas competências e eixos relacionados.

Foto: Freepik

As próximas edições do vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), de 2026 a 2028, trazem uma nova lista de obras obrigatórias composta somente por mulheres, contemplando renomadas escritoras brasileiras. A escolha por incluir apenas autoras é muito significativa e indica que os vestibulares estão, cada vez mais, buscando ir além do que já foi considerado canônico, isto é, o que é considerado o “clássico” da literatura brasileira. Sendo assim, é imprescindível que as escolas e os professores apresentem essas autoras para seus alunos.

Além disso, essas escritoras podem ser base para citações nas redações dos vestibulares. A assistente de conteúdo pedagógico da plataforma Redação Nota 1000, Heloisa Guimarães Pereira, explica que a seleção dos livros é realizada levando em consideração a relevância da obra na atualidade. Sendo assim, é possível abordar as autoras mencionadas em diversas temáticas. “Podemos citar, por exemplo, a importância da Conceição Evaristo nas discussões sobre os reflexos da escravidão e sobre a identidade das pessoas negras. Por outro lado, as obras de Júlia Lopes de Almeida conversam muito sobre os percalços para a ascensão social da mulher. Ou seja, há muita profundidade em todas as autoras, o que pode ser aproveitado de forma rica pelos estudantes”, explica a especialista.

De acordo com ela, a literatura feminina tem sido um veículo poderoso para explorar e desafiar normas sociais, papéis de gênero e expectativas culturais. “Ao ler e estudar essas obras, as novas gerações podem se conectar com as lutas de mulheres do passado e do presente, encontrando modelos de força, resiliência e criatividade que as inspirem a construir um futuro mais justo e equitativo para todas as pessoas”, destaca.

Nas redações dissertativas-argumentativas, como as solicitadas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os vestibulares da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), a utilização de repertório externo e relevante à temática é crucial para a argumentação e o projeto de texto, contribuindo para uma boa nota nas competências e eixos relacionados. Dessa forma, Heloisa ressalta que demonstrar domínio de conteúdos lidos comprova conhecimento de mundo e senso crítico, qualidades valorizadas pelas bancas avaliadoras. Por isso, os estudantes devem buscar conhecer a fundo as obras, já que isso é essencial para construir um bom argumento e um bom texto.

Neste contexto, a fim de enriquecer o repertório dos estudantes e auxiliar na produção de redações para vestibulares, a especialista traz 6 autoras brasileiras cujas obras contribuem para a formação crítica e cultural. Segundo Heloisa, essas escritoras, de diferentes épocas, abordam temáticas atuais e relevantes para a compreensão histórica, social e cultural da sociedade brasileira.

1. Conceição Evaristo: o romance Canção para ninar menino grande e a coletânea de contos Olhos d’água

Conceição Evaristo — Foto: Juh Almeida/Reprodução 

2. Lygia Fagundes Telles: os romances As meninas e Ciranda de Pedra;

Lygia Fagundes Telles – Foto: Divulgação/Filma 

3. Angélica Freitas: a coletânea de poemas O útero é do tamanho de um punho;

Angélica Freitas — Imagem: Divulgação 

4. Júlia Lopes de Almeida: os romances A falência e Memórias de Martha;

Julia Lopes de Almeida – Imagem: Divulgação 

5. Clarice Lispector: a novela A hora da estrela e a coletânea de contos Laços de família;

Clarice Lispector – Foto: Divulgação 

6. Rachel de Queiroz: os romances Caminho de pedra e O quinze.

Rachel de Queiroz – Foto: Acervo Instituto Moreira Salles

*Fonte: Redação nota mil

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