Biblioteca Setorial Maria Firmina dos Reis: Um Espaço de conhecimento, identidade e empoderamento
O acervo é focado na temática étnico-racial, promovendo uma educação antirracista, ao oferecer aos alunos a oportunidade de conhecer e valorizar narrativas que historicamente foram silenciadas.

A biblioteca fica localizada no IEMA Rio Anil (Foto: Divulgação)
Os estudantes do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), unidade Rio Anil, estão tendo suas realidades transformadas por um projeto que incentiva a leitura, fortalece relações e fomenta a busca pelo conhecimento e pela identidade de cada um.
Estamos falando da Biblioteca Setorial Maria Firmina dos Reis, que busca ser um território de empoderamento e reconhecimento, onde a história e a cultura dos povos negros, indígenas, africanos e originários ganham protagonismo.
O acervo é focado na temática étnico-racial, promovendo uma educação antirracista, ao oferecer aos alunos a oportunidade de conhecer e valorizar narrativas que historicamente foram silenciadas.
Mais do que um local para leitura, a iniciativa se torna um símbolo de resistência e pertencimento, permitindo que jovens negros se reconheçam e se sintam representados.
Leitura como ferramenta de transformação
A importância da leitura vai além do aprendizado acadêmico. Ela fortalece a autoestima, amplia horizontes e dá voz às histórias que precisam ser contadas. No IEMA Rio Anil, a Biblioteca Maria Firmina dos Reis é um exemplo claro de como a literatura pode ser um instrumento de mudança.
Para Esthermaria Costa, aluna do IEMA Rio Anil, a biblioteca cumpre um papel essencial na formação dos estudantes. “Nosso objetivo com esse espaço é fortalecer o conhecimento e trazer mais consciência sobre nossa história e nossa identidade. Cada livro aqui representa uma parte da nossa luta e do nosso povo”, destaca.

Já a estudante Luísa Raquel reforça a necessidade de iniciativas como essa para garantir que a juventude tenha acesso a informações que contribuam para a valorização de suas raízes. “Aqui, a gente encontra autores negros, indígenas, africanos e aprende sobre culturas que foram invisibilizadas. Isso faz com que a gente se sinta pertencente e inspirado a continuar estudando e lutando pelos nossos direitos”, afirma.
Educação antirracista e impacto na comunidade
A biblioteca não beneficia apenas os estudantes, mas também a comunidade do entorno. De acordo com a coordenadora de Diversidade e Relações Étnico-Raciais do IEMA, Maitê Sousa, essa iniciativa é um marco para a educação maranhense. “A Biblioteca Maria Firmina dos Reis é um espaço de resgate histórico e de afirmação da identidade. É fundamental que nossos alunos tenham acesso a conteúdos que valorizem suas origens, e esse projeto fortalece essa construção de consciência e pertencimento”, explica.
Ações como essa são fundamentais para combater o racismo estrutural e garantir que a escola seja um ambiente de inclusão e representatividade. O trabalho realizado no IEMA Pleno Rio Anil mostra que a educação antirracista é uma realidade possível e necessária, e que o conhecimento é, sem dúvidas, uma das principais ferramentas para a transformação social.