Com menos de quatro meses de aula, a estudante Melissa Prazeres, 15 anos, já conseguiu deixar de lado a timidez e hoje é uma das comandantes-alunos do Colégio Militar 2 de julho XVI – UEB Professor Raimundo Nonato Ferraz. A escola, entregue pelo governador Carlos Brandão em fevereiro deste ano na cidade de Itapecuru-Mirim, faz parte do pacote com 300 obras prontas nos 100 primeiros dias de gestão. 

“Eu era muito tímida no início, mas aqui eu acabei com minha timidez. Foi um espanto para mim. Aqui as pessoas e os professores são incríveis. Sinto que eu mudei muito e eu já amo essa escola”, comemora. 

Melissa e cerca de outros 500 jovens de Itapecuru-Mirim e região ingressaram em 2023 na primeira escola militar do município. Coordenado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), o Colégio Militar 2 de julho prima pela qualidade do ensino, com base nos valores da vida militar e na disciplina. 

“Toda mãe almeja o melhor para o seu filho, e o ensino da Escola Militar a gente sabe que é diferenciado, que a educação é de qualidade. Tenho certeza que meu filho vai conquistar muitos objetivos na vida e o ensino eu tenho certeza que vai ser melhor”, ressalta a assistente social Cleonice Arouche, mãe de um aluno da escola militar em Itapecuru. 

Ao lado das unidades do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), os colégios militares atualmente são responsáveis pelas maiores notas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e por aprovações em faculdades públicas e privadas por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). 

Esse foi o caso do estudante Pedro Gabriel, que mora em São Luís e cursou o Ensino Médio no Colégio Militar Tiradentes. Pedro Gabriel conquistou o 1º lugar no curso de Medicina da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e computou sua vitória ao ensino de qualidade na escola pública. “Não me prepararam apenas para o vestibular, me prepararam para a vida”, enfatiza o estudante e agora acadêmico de Medicina.   

Educação em todas as regiões

A implantação do Colégio Militar 2 de julho em Itapecuru-Mirim faz parte dos esforços do Governo do Estado, através do governador Carlos Brandão, para levar educação de qualidade a maranhenses de todas as regiões. 

No pacote com as 300 obras prontas, o governador entregou mais de 40 investimentos exclusivos para o setor educacional, como abertura de escolas militares em Peritoró, Cantanhede, Balsas, São Raimundo das Mangabeiras, Bom Jesus das Selvas, Estreito, Porto Franco e São Luís.

Além dessas, foram entregues escolas dignas, como em Itinga do Maranhão; assim como reforma de escolas municipais, revitalização de centros de ensino, inauguração de quadras esportivas e entrega de unidades escolares em territórios indígenas, como a Unidade Integrada de Educação Escolar Índigena Pape Japoharipa na Aldeia Awa Gaja, no município de Bom Jardim.

Um dos novos investimentos é o Centro de Ensino (CE) Paulo Freire, no município de Nina Rodrigues. Com recursos oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a escola localizada no assentamento Palmares vai beneficiar cerca de 300 estudantes de vários povoados da região. 

O prédio escolar possui seis salas de aula, sala de professores, sala da diretoria, secretaria, biblioteca, cozinha, banheiros acessíveis, dentre outros espaços confortáveis, prontos para oferecer um serviço de qualidade para a comunidade escolar. 

“A missão do nosso governo é levar cada vez mais desenvolvimento e qualidade de vida aos maranhenses. Dessa forma, estamos melhorando a vida das pessoas, com uma agenda municipalista”, afirmou Carlos Brandão, durante a inauguração da escola. 

A meta do projeto 300 obras prontas em 100 dias é levar benefícios estaduais a todos os cantos do Maranhão, alcançando pessoas como a professora Francisca Espíndola, que festejou a chegada de uma escola pública estadual totalmente equipada ao longínquo assentamento Palmares. 

“Estudantes precisam de uma escola perto de casa, com mais acompanhamento da família. Uma escola desse porte vem trazer vários benefícios. Com isso os jovens poderão estar em suas comunidades, morando no campo, mas com uma escola para estudar”, avalia a educadora.