Dia Nacional da Educação Infantil: os desafios da pandemia
A data é comemorada no domingo, mas durante toda a semana entidades de ensino realizam atividades internas com abordagem no acesso ao ensino durante a infância.
Os mais jovens representam o futuro de uma nação. Um dia essa parcela da população irá crescer e se tornar os adultos de uma nova geração, portanto é fundamental que eles tenham acesso à educação de qualidade. Pensando nisso, a Lei Nº 12.602/2012 declarou que 29 de agosto se tornasse o Dia Nacional da Educação Infantil, como homenagem ao nascimento da médica brasileira Zilda Arns, fundadora do pastoral da criança.
A data é comemorada no domingo, mas durante toda a semana entidades de ensino realizam atividades internas com abordagem no acesso ao ensino durante a infância, que é o primeiro processo de aprendizado quando a criança tem contato com a leitura e é estimulada para ter gosto de estudar e aprender. É uma etapa fundamental para a formação de um indivíduo, mas que infelizmente sofreu ajustes com o período da pandemia do novo coronavírus no país, fato que não impediu os professores de ensinarem seus alunos.
Ana Raissa, 31 anos, (foto abaixo) é professora do 4º ao 9º ano em quatro escolas diferentes e achou extremamente desafiador esse período de adaptação com as aulas remotas.
Ela afirma que a imprevisibilidade da situação a deixou assustada, mas eventualmente deu um jeito de superar as dificuldades e manter o nível de suas aulas para que os alunos não tenham prejuízos, e foi o que aconteceu.
Após o período de adaptação, Raissa afirma que seus alunos acabaram tendo ótimos resultados. “Houve uma maior produtividade. As múltiplas habilidades dos alunos foram testadas e o conteúdo abordado de forma holística. O próprio ambiente de aprendizado oportunizou aulas interdisciplinares potencializando dessa forma o processo ensino aprendizagem”, conta a professora.
A produtividade aumentou, mas a questão da interação durante das aulas foi uma questão recorrente. Ela conta que possui dois tipos de alunos, os que interagem bastante com a câmera ligada e os que se sentem tímidos por conta da exposição, ocorrendo maiores interações na parte de mensagens, mas no final todos estavam lá.
O apoio dos pais foi essencial também, a presença deles no ambiente que os alunos estivessem assistindo aula garantiu a assiduidade das crianças nas aulas.
Por ensinar muitas crianças em muitas escolas, ela tem contato com diversas faixas etárias e conta que os mais novos, de 8 a 11 anos, foram os que reagiram melhor a essa nova modalidade de ensino justamente por serem jovens. “Por serem nativos digitais, há uma facilidade no uso de plataformas”, conta a professora.
Mesmo após mais um de ano desde o início da pandemia, o ensino à distância ainda é uma realidade para grande parte da população infantil, mas é um desafio que os professores conseguiram superar para dar o melhor acesso possível para seus alunos e assim formando as mentes do futuro.