EDUCAÇÃO?

IFMA pode fechar as portas até o final do ano

Caso os cortes do MEC ocorram, o Instituto terá menos 38% de seu orçamento – o correspondente a R$25 milhões – e será forçado a encerrar suas atividades por falta de verba

Ao todo são oferecidas 64 vagas em cargos públicos, sendo 56 vagas para técnico-administrativo e 08 vagas para professor. (Foto: Reprodução)

O bloqueio orçamentário do Ministério da Educação (MEC) poderá causar um grave impacto na educação do estado. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) anunciou que, caso os cortes aconteçam, poderá encerrar suas atividades até o final deste ano por falta de verbas.

Leia também: UFMA tem 30% do orçamento cortado e pode encerrar atividades

Foi confirmado pelo SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira) o bloqueio de 38% das verbas destinadas à manutenção da instituição – como o pagamento de contratos de serviço de água, energia, limpeza, vigilância, telefonia, internet, manutenção do prédio etc. O corte corresponde a R$28 milhões de reais.

O Instituto informa que, sem estes serviços básicos, suas atividades se encerrariam – e que esta possibilidade é muito alta não só para o IFMA, mas para muitas outras instituições do Brasil.

“Caso o cenário do corte for confirmado e nós não tivermos dinheiro, as atividades serão suspensas. A instituição para. O cenário provável hoje, confirmando esse corte, é que a instituição não consiga fechar as contas até o final do ano”, informa o IFMA.

Atualmente, o IFMA é a maior instituição pública de ensino do Maranhão. Se mantido, o corte prejudicará o ensino, pesquisa e extensão em todos os 29 campi e seis Centros de Referência da instituição no Estado.

Nesta segunda-feira (6), o reitor da instituição, Roberto Brandão, junto a outros administradores de instituições federais, viaja a Brasília em um encontro com o ministério da Educação para discutir sobre o bloqueio.

A nota da UFMA

O IFMA não será o único atingido no Maranhão. Neste domingo (5), a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) manifestou preocupação com a situação e diz que o bloqueio “impactará fortemente nas atividades de ensino, pesquisa e extensão da Instituição”.

“Ainda que, momentaneamente, as notícias sejam desanimadoras, a gestão da UFMA está se dedicando, com afinco, na luta pela manutenção de um trabalho cotidiano nas melhores condições possíveis”, diz, em nota.

Ainda segundo o texto, a Universidade aposta no diálogo com agentes federais e com a bancada maranhense para a liberação de emendas parlamentares já aprovadas – mas bloqueadas pelo governo federal – para recuperar investimentos e concluir obras.

“A UFMA reitera seu compromisso com a defesa da nossa Universidade, empreendendo todos os esforços para que as atividades de ensino, pesquisa e extensão prossigam, mesmo que algumas medidas sejam necessárias para lidar com o momento adverso pelo qual passam as universidades federais no Brasil. (…) E conclamamos a comunidade acadêmica a manter-se unida em prol da manutenção da universidade pública, gratuita e de qualidade“, defende.

Os cortes do MEC

No último dia 30, o Ministério da Educação anunciou um bloqueio de 30% para todas as universidades e todos os institutos. Inicialmente, o corte seria destinado apenas à UNB, UFF e à UFBA, mas foi estendido a todas do país após reações negativas à decisão. O valor retirado do orçamento chega a R$7,4 bilhões.

Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, os cortes ocorreram em decorrência de uma suposta “balbúrdia” que estaria acontecendo nestes locais.

Com a medida abrangendo todo o Brasil, a porcentagem do corte varia para maior ou menor de acordo com “parâmetros”, como o “desempenho acadêmico e o impacto no mercado de trabalho” de cada instituição. Os cortes deverão valer a partir do segundo semestre deste ano.

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