DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Expectativa na exploração da Margem Equatorial do Maranhão

Em entrevista a O imparcial, presidente da Gasmar, afirmou que o estado já está preparado para explorar gás e petróleo na Bacia de Barreirinhas.

Mapa na região equatorial brasileira. (Foto: Divulgação/Petrobras)

Localizada próxima à linha do Equador, a Margem Equatorial é a mais nova fronteira exploratória brasileira em águas profundas e ultraprofundas. Conhecida como “novo pré-sal brasileiro,” a área está prestes a se tornar o epicentro de investimentos que podem desenvolver economicamente o Maranhão e o Brasil, na exploração de óleo e gás até 2028.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) liberou na semana passada a concessão para que a Petrobras iniciasse as atividades na Bacia Potiguar, no litoral do Rio Grande Norte. A expectativa é que em breve o Maranhão também inicie a operação de exploração em seus blocos. Em entrevista a O Imparcial, o presidente da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), Allan Kardec, revelou que Margem Equatorial promete transformar o cenário energético brasileiro e atrair a atenção de investidores em busca de oportunidades promissoras.

De acordo com presidente da Gasmar, o estudo contratado  pela companhia sobre a viabilidade das duas bacias deve ser apresentado nas próximas semanas. “A Gasmar já  trabalha “on shore” (em terra) a Bacia do Rio Parnaíba, onde o Maranhão está inserido. No mar tem duas bacias: a de Barreirinhas, que fica a Leste de São Luís e a bacia, que fica a Oeste que se chama Pará-Maranhão. Essas duas bacias foram licitadas e empresas compraram os blocos concedidos pelo estado brasileiro. Em Barreirinhas tem 14 blocos concedidos e do lado Pará-Maranhão tem cinco blocos concedidos. Embora Barreirinhas seja uma área menor, de todas as bacias da Margem Equatorial a que tem mais blocos licitados. Isso quer dizer que o apetite das empresas pela Bacia de Barreirinhas é grande e a que está mais adiantada com dois blocos de gás já comprovados. Em 10 anos podemos quintuplicar o PIB do Maranhão”, ressaltou Alan Kardek. O Maranhão está inserido na região que compreende o litoral do Rio Grande do Norte ao Oiapoque (AP) e concentra as bacias Foz do Amazonas, Bacia Pará-Maranhão, Bacia Barreirinhas, Ceará e Potiguar. Segundo o estudo feito por três pesquisadores, entre eles, Alan Kardek,  a Margem Equatorial tem capacidade de produzir 20 a 30 bilhões de barris. Sendo que as Bacias do Pará-Maranhão e Barreirinhas tem viabilidade de produção de 400 milhões de barris. As estimativas apontam em 30 anos o lucro de R$ 14 bilhões na economia dos estados do Pará e Maranhão. “Sem sombra de dúvidas podemos ser uma nova Macaé ou uma nova Dubai, por conta do interesse das empresas, entre elas, a Petrobras, a Shell, a PB entre outras”, disse Kardek explicou que a exploração na Margem Equatorial tem chamado a atenção das empresas petrolíferas nacionais e internacionais.

Um investimento imprescindível para o estado

Alan Kardek ressaltou que com o crescente interesse em fontes de energia sustentável e com a perspectiva de novas descobertas de reservas de petróleo, a exploração nessa região é de suma importância para o futuro energético do Brasil.

O presidente da Gasmar, acrescentou que além do potencial de recursos energéticos, a Margem Equatorial também abriga uma biodiversidade única, fazendo com que a exploração na região seja um desafio. Kardek conservação ambiental deve ser cuidadosamente considerada à medida que as atividades exploratórias avançam, visando proteger os ecossistemas marinhos sensíveis. “Já iniciamos um diálogo com os prefeitos e lideranças políticas da região para fazermos audiências públicas com a sociedade para esclarecermos sobre o que significa os impactos da Margem Equatorial nestas localidades. No próximo dia 26 vai acontecer uma audiência pública com o Parlamento da Amazônia na Assembleia Legislativa do Maranhão”, explicou o presidente da Gasmar.

Ainda de acordo com Alan Kardek, a exploração da Margem Equatorial está em seus estágios iniciais, mas já representa um grande potencial para o Brasil, tanto em termos de recursos energéticos como em oportunidades de crescimento econômico. À medida que as atividades exploratórias avançam, é fundamental que o país mantenha um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental, garantindo um futuro sustentável para a região e para as gerações futuras.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos do Governo do Estado, ex-governador José Reinaldo Tavares, também defende a exploração da Margem Equatorial e a classificou como “imprescindível” para o desenvolvimento do estado assim como tem sido o Pré-Sal para o Sudeste. Para ele, é preciso arregimentar toda a classe empresarial, a classe política e todas as forças do estado em torno deste objetivo.

Tavares citou a necessidade de autorização para a exploração da Bacia de Barreirinhas, a fim de que as operações sejam realizadas, simultaneamente, com a Bacia Potiguar, explicando que a Bacia de Barreirinhas possui indícios já atestados de óleo e gás pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis). “A Margem Equatorial é simplesmente uma oportunidade ímpar de desenvolvimento econômico e social, capaz de mudar a nossa realidade. Temos que vê-la como uma oportunidade única, que não se repetirá, de finalmente sermos o que todos sonhamos”, opina.

Já o deputado federal Pedro Lucas Fernandes expressou sua alegria e otimismo com a recente autorização concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) para a Petrobras iniciar as atividades exploratórias na tão aguardada Margem Equatorial.

Para o parlamentar, a liberação representa um passo fundamental em direção à exploração de petróleo e gás nessa promissora região, que tem o potencial de trazer inúmeros benefícios não apenas ao Maranhão, mas também a todo o Brasil. “Esse é o primeiro passo para que o Brasil esteja em um novo patamar de exploração de petróleo e gás. Acredito que com o avançar das atividades e com a expertise da Petrobras, a Margem Equatorial vai demonstrar seu verdadeiro potencial de garantir mais recursos e investimentos. Conquista importante para o Brasil”, disse Pedro Lucas em recente entrevista.

O deputado federal destacou que a autorização do IBAMA representa uma oportunidade valiosa de desbloquear as vastas reservas de recursos energéticos na Margem Equatorial, contribuindo para a independência energética do país e gerando receita que poderá ser investida em áreas essenciais, como educação, saúde e infraestrutura. Além disso, o desenvolvimento dessa região pode criar empregos e estimular o crescimento econômico local, beneficiando diretamente o Maranhão.

Pedro Lucas Fernandes acredita que, com a responsabilidade ambiental e as melhores práticas de segurança, a exploração na Margem Equatorial pode ser realizada de forma sustentável, garantindo a preservação dos ecossistemas marinhos sensíveis da região. Com a Petrobras à frente desse empreendimento, o Brasil dá um passo importante em direção a um futuro mais promissor na exploração de recursos energéticos.

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