Inflação alta: confira os alimentos que mais subiram de preço em 2020
De acordo com IBGE, a alta acumulada de janeiro a novembro alcançou 12,14 %, a maior desde 2002 quando o percentual foi de 19,47%
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços dos alimentos subiram ainda mais no mês de novembro, o percentual foi de 2,54%. A alta acumulada de janeiro a novembro alcançou 12,14 %, a maior desde 2002 quando o percentual foi de 19,47%.
Ainda segundo os dados do IBGE, a inflação de alimentos foi a maior para um mês desde dezembro de 2019, quando ficou 3,38. Mas relacionado aos meses de novembro, foi a maior desde 2002, quando atingiu 5,85%.
Vários fatores influenciaram na disparada dos preços dos alimentos, dentre eles a alta do dólar. Já que com a moeda norte-americana em patamar elevado, as exportações de commodities, soja e arroz, tornam-se mais atrativas. Com isso, os estoques dentro do Brasil tornam-se menores e os valores nos supermercados sobem.
Dentre os itens de maior peso no indicador da inflação estão: carnes, com o impacto de 0,18 ponto percentual no mês. Já em novembro, a gasolina foi a segundo item de influência.
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A inflação das carnes subiu de 4,25% em outubro para 6,54% em novembro, acumulando alta de 13,90% no ano. Já o frango passou de 2,41% em outubro para 5,17%, com o acumulado no ano ficando em 14,02%.
Confira os 15 alimentos que mais subiram no acumulado do ano até novembro
- Óleo de soja: 94,1%
- Tomate: 76,51%
- Arroz: 69,5%
- Feijão-macáçar (fradinho): 59,97%
- Batata-inglesa: 55,9%
- Laranja-lima: 55,64%
- Pimentão: 49,75%
- Batata-doce: 46,57%
- Morango: 42,49%
- Feijão-preto: 40,75%
- Peixe-tainha: 38,77%
- Repolho: 36,09%
- Cenoura: 34,41%
- Feijão-mulatinho: 32,6%
- Fígado: 31,07%
Bolsonaro fala sobre alta da inflação
Na última quinta-feira (10), durante um evento no Rio Grande do Sul, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que é melhor ter alta na inflação durante a pandemia da Covid-19 do que desabastecimento no país.
O presidente fez afirmação após mencionar o aumento do preço de produtos da cesta básica, como arroz e óleo de soja.