Vendas online crescem na pandemia
Em abril, o crescimento de faturamento registrado do comércio eletrônico brasileiro foi de 82%, em relação ao mesmo mês no ano passado
O isolamento social prejudicou o comércio de várias maneiras e o setor vem caindo desde o início da pandemia. No entanto, as vendas online ganharam muita força no Brasil e serviram como um ótimo apoio para comerciantes, desde os pequenos lojistas até as maiores redes do país.
Em abril, o crescimento de faturamento registrado do comércio eletrônico brasileiro foi de 82%, em relação ao mesmo mês no ano passado, totalizando R$9,4 bilhões. Em relação ao número de pedidos de produtos pela internet, a quantidade quase dobrou, com um aumento de 98%.
Os produtos que registraram um maior aumento nas vendas foram os relacionados ao coronavírus: o álcool em gel recebeu 4.261% mais pedidos do que no mesmo período do ano passado. Em segundo lugar vem os materiais de limpeza, com um crescimento de 2.520%. Na sequência, aparecem as lentes de contato, os termômetros, inaladores, soro fisiológico, luvas cirúrgicas e produtos de higiene.
Mesmo que estes itens de saúde tenham tido o maior crescimento, não foram os responsáveis diretos pela explosão do e-commerce. Pedidos corriqueiros, como compras de supermercado e entrega de restaurantes também aumentaram vertiginosamente, ajudando a elevar todo o segmento do comércio eletrônico.
Há tempos o comércio online é uma saída para negócios locais. Nas pequenas lojas, a aposta foi a aproximação com os clientes através das redes sociais, já que a criação de uma plataforma de vendas online exige um alto investimento. Pedidos realizados por WhatsApp estão mais comuns. Atendendo essa demanda, o aplicativo de conversas está lançando no Brasil uma função que permite enviar e receber dinheiro dentro da própria plataforma.
Já os grandes lojistas, que possuíam um comércio eletrônico consolidado, viram a situação se inverter em relação ao comércio físico. Na Via Varejo, por exemplo, rede que é dona de algumas das maiores varejistas do país, as vendas online correspondiam a 30% do faturamento antes da pandemia. Hoje em dia, já chegam a 70%.
Como comprar online em segurança
De acordo com a operadora de pagamentos Visa, mais de 5 milhões de brasileiros compraram pela internet pela primeira vez durante a pandemia. Se você é um desses, deve ter algumas dúvidas em relação à segurança. Sites especializados como o TechReviews.com.br costumam dar dicas de segurança para compras online. Hoje, a engenheira de computação Luiza Ferreira, consultora do TechReviews, nos traz algumas dessas dicas:
- Procure o nome da loja na internet e leia os comentários existentes. Lojas golpistas são facilmente identificadas em uma pesquisa
- Faça os pagamentos através de plataformas seguras, nunca passe os dados do cartão a um atendente, nem faça transferências bancárias
- Cheque se o site em que está comprando conta com um símbolo de cadeado ao lado do endereço – isso significa que ele possui certificado de segurança
- Se for comprar através de um aplicativo, certifique-se de que é o app oficial da loja
- Ao digitar os dados de seu cartão nos sites, dê preferência ao uso do teclado virtual
- Nunca informe a senha de seu cartão – nenhuma loja precisa solicitar este dado
- Não faça compras online enquanto está utilizando redes Wi-Fi públicas