ECONOMIA

48% da população maranhense não possui renda

No estado do Maranhão, a população ocupada decresceu na passagem do anos de 2015 para 2016. Também caiu de 2016 para 2018, voltando a crescer em 2019

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Em 2019, o rendimento do trabalho do 1% da população que auferiu renda mais elevada, no Maranhão, foi 26,8 vezes maior que o rendimento dos 50% da população que tem menores rendas. No Nordeste, esse número foi de 35,8 vezes maior, enquanto, no Brasil, foi de 33,7 vezes.

O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos, em 2019, foi de R$ 1.325 no estado. Número menor que a média para Brasil (R$ 2.308) e Nordeste (R$ 1.588).

Essas e outras informações fazem parte do módulo Rendimento de Todas as Fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2019. Os números foram divulgados pelo IBGE.
Nesse módulo, é investigado o rendimento proveniente tanto do trabalho como do não trabalho (aposentadorias, pensões, aluguel, arrendamento, pensão alimentícia, mesada recebida de não morador e outros rendimentos, a exemplo de rendimento de aplicações financeiras e rendimento de programas sociais de governo, como Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada, Seguro-Desemprego etc.)

A metade possuem renda

Em 2019, 52,1% da população residente no Maranhão possuíam algum tipo de rendimento, o que corresponde a cerca de 3.668.000 pessoas. Esse dado mostra também que 47,9% da população não tem nenhum tipo de rendimento. No Brasil, 62,6% da população, cerca de 131.144.000 pessoas, recebiam algum rendimento.

Do total de pessoas com algum tipo de rendimento no Maranhão, há maior percentual de indivíduos com renda proveniente do trabalho (31,2%) que de outras fontes (26,8%). 

No entanto, na comparação com Brasil (trabalho: 44,1%; outras fontes: 25,1%), o estado tem percentual bem menor de renda proveniente do trabalho.

Quanto ao quantitativo de pessoas com rendimento proveniente de outras fontes (rendimento de não trabalho) no Maranhão, observa-se o alto percentual da categoria outros rendimentos, que inclui várias rendas oriundas de programas de proteção social, como seguro-desemprego, seguro-defeso, bolsa-família, BPC etc.. Essa constatação pode ser observada na região Nordeste como um todo.

População Ocupada

No Maranhão, a população ocupada decresceu na passagem de 2015 (2,414 milhões) para 2016 (2,353 milhões) e de 2016 para 2018 (2,172 milhões), voltando a crescer em 2019 (2,199 milhões).

Do total da população ocupada no Maranhão, 58,8% são do sexo masculino e 41,2%, do sexo feminino.

Comparando 2012 a 2019, no Maranhão, o aumento em pontos percentuais da população ocupada feminina em relação à população ocupada masculina se deu num patamar mais elevado que a média para Brasil e Nordeste.

O rendimento médio mensal das mulheres ocupadas no Maranhão, em 2019, era de R$ 1.269, enquanto o dos homens ocupados era de R$ 1.365. 

A diferença de ganho proveniente de trabalho entre homens e mulheres era menor que no Nordeste e no Brasil. No Maranhão, as mulheres auferiam, na média, renda de trabalho menor que os homens, na casa dos 7,6%.  O ganho real do rendimento do trabalho das mulheres, entre 2012 e 2019, foi maior no Maranhão que no Brasil e no Nordeste: 21,2%, 8,5% e 9,3%. Em 2019, no Maranhão, uma pessoa de nível superior auferia 507,7% a mais que uma pessoa sem instrução. 

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