90% dos pequenos empresários de São Luís sofrem com falta de receita
Levantamento realizado pela startup maranhense iQuiz, especializada em pesquisas de satisfação no PDV, em parceria com O Imparcial.
Mais de 90% da receita das pequenas empresas de São Luís estão prejudicadas pela crise do coronavírus. É o que revela levantamento realizado pela startup maranhense iQuiz, especializada em pesquisas de satisfação no PDV, em parceria com O Imparcial.
Foram ouvidos 167 empresários de São Luís, em questionário respondido no próprio aplicativo entre os dias 25 e 27.
De acordo com a enquete, 73% dos empresários disseram que estão com suas receitas “muito prejudicadas”. Outros 22% “um pouco prejudicada”. Ou seja, 95% do empresariado de São Luís sofre com a crise.
35% dos empresários ouvidos são do setor de serviço, bastante afetado devido à crise do coronavírus. Demais são de bares e restaurantes, hotelaria, varejo e outros.
Demissões
O fechamento do comércio para enfrentar o avanço do coronavírus já leva os empresários de São Luís a tomar medidas de redução do quadro. 43,7% dos pequenos e médios empresários de São Luís devem demitir pelo menos um funcionário devido à crise do coronavírus. E outros 48,5% dizem que “talvez demitam alguns” colaboradores. Somente 7% diz que irá precisar contratar mais no período.
“Este levantamento confirma aquilo que já é notório e muito propagado nos últimos dias: quase a totalidade do pequeno empresário maranhense sofre de maneira incomum e muitos negócios estão em risco”, comenta o CEO do iQuiz, Henrique Soares.
Isolamento
Perguntados sobre as medidas de isolamento social e fechamento do comércio adotadas pelo governo do Maranhão, os empresário se dividiram.
18.56% discordaram totalmente da medida
67,06% discordam ou concordam parcialmente
14.37% concordam com o isolamento total e fechamento do comércio
Sobre o tipo de isolamento que deve ser adotado, vertical (quando apenas idosos e grupos de risco ficam em casa) ou horizontal (quando há um isolamento total da população), 79% dos consultados dizem que o isolamento seletivo (vertical) é a melhor opção. Apenas 20% acreditam que o isolamento total seja o melhor caminho.
“Essa escolha é muito motivada pela preocupação que o empresário tem em não conseguir manter seu negócio durante o período. Eles defendem um meio termo. Para muitos, o isolamento vertical conseguiria frear o avanço do vírus sem prejudicar a economia”, explica Soares.
Pesquisa iQuiz-O Imparcial
Otimismo
Em contrapartida ao problema econômico e financeiro das empresas, a pesquisa revela um otimismo do empresariado quanto à solução do problema. Quase 50% se dizem otimista e acreditam que “o país conseguirá vencer o coronavírus rapidamente”. Já 32%, porém, estão pessimistas e acreditam que a crise ainda levará um tempo maior para passar.
Números mostram ainda que, com 15 dias de fechamento do comércio, a maior parte (35,9%) dos empresários prevê que levará 3 meses para recuperar a atividade do seu negócio. 29,94% diz que o tempo de recuperação será de 3 a 6 meses. E 30,54% acima de seis 6 meses. Somente 3,59% acredita que estará recuperado no primeiro mês.
Ajuda dos governos
Para superar a crise, os empresários apontam para três medidas básicas: isenção de impostos, crédito barato e suspensão de dívidas bancárias. 73% dos empresários ouvidos disseram precisar das três medidas. Duas delas o Governo Federal tem praticado – aprovou empréstimo para pagamento de pessoal e adiou o pagamento de alguns tributos. Os bancos também estão renegociando ou adiando parcelas de dívidas.