MARANHÃO

População maranhense tem menor rendimento do Brasil

A constatação foi através da Síntese de Indicadores Sociais referente ao ano de 2019, publicada pelo IBGE. O Maranhão fica atrás do Piauí e outros estados

Os dados evidenciam que todas as atividades apresentaram resultado positivo em 2022, com destaques para o setor de Serviços (+24.531 vínculos). (Foto: Reprodução)

Em 2019, de acordo com os dados da Síntese de Indicadores Sociais  SIS, divulgados ontem, quinta-feira (12), o Maranhão apresentou o menor o rendimento médio real de todos os trabalhos habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas. O valor foi de R$ 1.325 em média por mês, sendo inferior ao auferido em 2018, que havia sido de R$ 1.334. O Piauí apresentou o segundo menor valor entre as Unidades da Federação – UFs, R$ 1.379 e o Distrito Federal o maior valor de rendimento real, R$ 4.044.

As desigualdades entre os rendimentos do trabalho são também bastante definidas espacialmente, refletindo a distribuição regional das atividades econômicas pelo Território Nacional. Entre as dez unidades da federação com o menor rendimento médio recebido de todos os trabalhos, oito são da região Nordeste.

Em relação ao rendimento domiciliar per capita das pessoas, em 2019 o Maranhão perfila em último lugar no ranking por UFs do país com um rendimento médio de R$637,00. Em 2018, o valor era de R$ 629. Em 2019, Alagoas tinha o segundo menor valor, R$ 729, seguindo pelo Pará, R$ 795. As UFs com o maior rendimento domiciliar per capita, respectivamente: Distrito Federal, R$ 2.599; São Paulo, R$ 1.889; e o Rio Grande do Sul, R$ 1.812. “A análise da distribuição de rendimentos de uma população é o ponto de partida para os estudos de desigualdades econômicas e pobreza monetária. Os números da distribuição percentual, por classes de rendimento domiciliar per capita, tendo por parâmetro o salário mínimo, trazem uma radiografia da apropriação dos rendimentos por parcelas da população”, diz o estudo do IBGE.

Os números apontam que em 2019, o maior percentual de pessoas se encontrava na faixa de rendimento entre mais de zero e até ¼ de salário mínimo, com 30% das pessoas enquadradas nesse segmento de rendimento domiciliar per capita.

Para fins de comparação internacional, o Banco Mundial utiliza três linhas de pobreza a depender do nível de renda dos países. A atual linha internacional de extrema pobreza é fixada em US$ 1,90 por dia em termos de Poder de Paridade de Compra -PPC (ou, em inglês, PPP, purchasing power parity), o que representa a média das linhas de pobreza encontradas em 15 dos países mais pobres classificados pelo consumo/renda per capita. A taxa de câmbio medida em PPC permite comparar o valor real das moedas em determinado ponto do tempo por meio de uma pesquisa de preços de bens e serviços em diversos lugares do mundo.

Considerando que quanto maior o nível de renda média dos países, maior deve ser a linha de pobreza para que essa mantenha correspondência com o nível de rendimento médio daquela população, o Banco Mundial recomenda o uso das linhas de US$ 3,20 PPC para países de renda média-baixa e US$ 5,50 PPC para países de renda média-alta, grupo ao qual o Brasil pertence com mais 46 países. Entre os 43 países desse grupo com informação disponível na base de dados do Banco Mundial, o Brasil apresenta a 21ª taxa de pobreza mais elevada.

O PPC é um indicador utilizado para análises sobre distribuição de renda e desigualdade, bem como permite comparações entre países.

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