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Ora, pílulas!

Raimundo Borges – Bastidores

Dinheiro na mão é vendaval (1)


Pressão daqui, pressão dali, pressão da direita,  da esquerda e do Centrão, fez o ministro do STF, Flávio Dino girar a chave do cofre e liberar e, finalmente, o plano de trabalho apresentado pelo Congresso e pelo Executivo para dar transparência e rastreabilidade às emendas parlamentares, bloqueadas desde o fim do ano passado. Ele, porém, preservou as ressalvas impostas anteriormente.

Dinheiro na mão é vendaval (2)


Na semana passada os líderes de bancadas no Congresso marcaram almoço na casa do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (PSDB), para uma conversa franca com Dino. Ele disse que não há impedimento para liberar os R$ 4,5 bilhões bloqueados, desde que haja transparência. Com a decisão dele, o pagamento será retomado tanto no orçamento de 2025, ainda sem aprovação no Congresso, quanto de anos anteriores. As emendas que atendem programas de saúde pública nos municípios são prioridades.

O brigão


Agora lascou. O todo poderoso do mundo Donald Trump fez com que o comitê dos Estados Unidos aprovasse lei que impõe sanções contra o ministro Alexandre de Moraes. A ação se resume na máxima americana: “No Censors on our Shores Act” (Sem Censores em nosso território), que significa deportação e veto de entrada nos SUA de qualquer estrangeiro que atue contra a liberdade de expressão, violando a 1ª emenda da Constituição do país.

O recado


Logo após o Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado norte-americano fazer uma provocação ao Brasil, em alerta dizendo que “respeito pela soberania é uma via de duas mãos com todos os parceiros dos EUA, incluindo o Brasil”.

O rebate


Por sua vez, o Itamarati entendeu o recado e rebateu à altura: “O governo brasileiro rejeita, com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais e ressalta a importância do respeito ao princípio republicano da independência dos poderes, contemplado na Constituição Federal brasileira de 1988”. Tudo na medida certa. Nem mais nem menos.

Guerra fria (1)


No interior costuma-se chamar “guerra de foice no escuro”, os confrontos em que os dois lados não medem as consequências do grau de violência. A situação política entre deputados da base governista e da oposição na Assembleia Legislativa está marchando para um nível de desavença que pode fugir do controle se não houver alguém com pulso e juízo suficiente para recolocar as coisas no seu devido lugar.

Guerra fria (2)


Oposição e governo são dois lados que representam a sustentação o valor máximo da democracia. No entanto, no caso maranhense, o que faz estranhar é a divisão do mesmo bloco que mandou no governo entre 2015 e 2023 e o nível do confronto que está chegando ao grau de guerra fria, ou de foice no escuro. Por trás da encrenca estão as figuras de Carlos Brandão, governador e seu com0anheiro de eleições e de governo, Flávio Dino, hoje envergando a toga no Supremo Tribunal Federal. O risco é as divergências naturais da democracia descambarem para o terreno sujo da baixaria.

Escondendo o jogo


O presidente Lula conseguiu rapidamente trocar a ministrada da Saúde Nísia Trindade pelo petista Alexandre Padilha, mas está escondendo o nome do novo titular da pasta das  Relações Institucionais, ocupada por Padilha. Estão no páreo o deputado José Guimarães, líder do governo na Câmara, e a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann. A senadora Eliziane Gama (PSD chegou a entrar em cogitação, mas não passou disso. Esta semana, Lula vai bater o martelo.

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