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Ora, pílulas!

Raimundo Borges – Bastidores

Último voo (1)


Cada vez menor no Congresso e nos Estados e menos relevante no poder central, o PSDB do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, está com os dias contados. Fundado em 1988, o partido tucano, pai adotivo do Plano Real, criado pelo governo Itamar Franco com FHC no Ministério da Fazenda, em março vai se fundir com o MDB ou o PSD. Fica claro que, até no atestado de óbito, o PSDB está indeciso entre dois partidos interessados em seu espólio político.

Último voo (2)


Além do PSD e MDB, também o Podemos tem interesse na fusão que significa acrescentar três governadores Eduardo Leite (RS), Eduardo Riedel (MS) e Raquel Lyra (PE), tempo de TV e muito dinheiro nos fundos eleitoral e partidário. Mesmo como um ato para ganhar protagonismo no Brasil de hoje, seus governadores relutam em deixar a legenda. Afinal, os tucanos têm uma bancada de 13 deputados e três senadores no Congresso.

Último voo (3)


Apesar de marcar a fusão para março, o PSDB ainda discute com as outras legendas qual a melhor opção para o seu desembarque, ao 37 anos de fundação, a qual teve um único maranhense: Jayme Neiva de Santana. Ele disputou e perdeu, em 1985, a primeira eleição direta de São Luís já no apagar das luzes da ditadura militar, para Gardênia Gonçalves (PDS) – a primeira mulher prefeita eleita na capital maranhense.

Último voo (4)


A fusão do PSDB terá duas consequências imediatas no governo Carlos Brandão. Se os tucanos optarem pelo MDB, cairão na legenda presidida pelo empresário Marcus Brandão, irmão do governador Carlos Brandão. Porém, se o PSDB, presidido no Maranhão pelo secretário da Casa Civil Sebastião Madeira, pousar no PSD dará de cara com o prefeito de São Luís, Eduardo Braide e a senadora Eliziane Gama.

Dança de salão (1)


Mesmo sem o som de Nelson Gonçalves, os deputados Carlos Lula e Ana do Gás resolveram ensaiar os passos do boleiro em sua transição partidária: dois pés pra lá, dois pra cá. Lula entrou na Justiça Eleitoral pedindo aval legal para deixar o PSB, presidido pelo governador Carlos Brandão, de quem é hoje opositor na Alema. Por sua vez, Ana do Gás usa o mesmo recurso no TRE-MA para trocar o PCdoB pelo PSB. Ela já atua na base de apoio do governo Brandão, do qual foi secretária de Articulação Legislativa em 2024.

Dança de salão (2)


Carlos Lula e Ana do Gás não querem correr o risco de ter o mandato questionado na troca de partido sem ordem judicial e caírem na lei da infidelidade partidária. O deputado, que deve assinar a ficha do PCdoB, alega como justa causa para sair do PSB a falta de espaço nas comissões técnicas da Alema, enquanto Ana do Gás justifica como motivo, o rumo que o PCdoB tomou desde 2022, sendo agora, opositor do governo, embora o presidente Márcio Jerry diga o contrário.

Merecimento


Por considerar o ex-presidente José Sarney um dos políticos que mais marcou a história do Brasil no século XX e até neste quarto de século XXI, o deputado Pedro Lucas (UB) vai propor  a Câmara Federal a outorga da medalha Mérito Legislativo ao filho de Pinheiro, próximo a completar 95 anos, lúcido e escrevendo semanalmente artigos e crônicas em O Imparcial.

Sem demora


A deputada Iracema Vale, presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão prometeu, nesta quinta-feira ,7, agilizar os trâmites legais para a escolha do advogado Flávio Costa como novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, após a aposentadoria de Álvaro César. O governador Carlos Brandão já oficializou a indicação e Costa será sabatinado hoje, pela Alema, em sessão extraordinária.

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