Desalento econômico
Não deixa de ser impactante no Maranhão, estado de enorme vulnerabilidade social em razão da pobreza, a alta do desemprego que se fez notar na pesquisa do IBGE sobre o primeiro trimestre de 2019. O índice em evolução no país, além de apontar para uma recessão, é maior no Nordeste e no Norte, regiões nas […]
Não deixa de ser impactante no Maranhão, estado de enorme vulnerabilidade social em razão da pobreza, a alta do desemprego que se fez notar na pesquisa do IBGE sobre o primeiro trimestre de 2019. O índice em evolução no país, além de apontar para uma recessão, é maior no Nordeste e no Norte, regiões nas quais a informalidade não para de crescer. Ainda por cima tem a precarização do trabalho e o desalento verificado em todo o país.
De fato, a economia brasileira, que já vinha com números negativos no governo Temer, está piorando com o presidente Jair Bolsonaro. Sem ambiente político favorável à reforma da Previdência e com os investimentos retraídos, setores chaves da economia, como o de serviços, apresenta queda por três meses seguidos. Outro dado curioso é que os economistas, que gostam de apontar rumos discordantes e animadores, agora não veem no curto prazo algo de novo que faça a economia sair do atoleiro. O Banco Central mostra queda generalizada na atividade econômica no primeiro trimestre deste ano. Em começo, os analistas otimistas acreditavam que o país cresceria quase 3%, mas a expectativa foi rebaixada para apenas 1,5% de avanço do Produto Interno Bruto (PIB).
O IBGE apontou taxa média de desemprego de 12,7% no primeiro trimestre, mas chegou a 20,2% no Amapá e a 18,3% na Bahia, caindo para 7,2% em Santa Catarina e 8% no Rio Grande do Sul.
Diante desse cenário de desconfiança, incerteza e desalento, o Maranhão precisa se agigantar para não ser atingido com mais impacto. Não possui grandes ou médias indústrias em escala de empregabilidade. O setor de serviços depende da indústria, enquanto apenas o agronegócio continua “bombando”, principalmente o de grãos, já que a carne maranhense e seus agregados não fazem peso significativo nas exportações, agora com o dólar acima de R$ 4 reais.